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SITE Sul acusa administração da Autoeuropa de criar ‘clima de instabilidade’

O SITE Sul – Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul, critica a administração da  VW Autoeuropa, em Palmela, e alerta para o ‘clima de instabilidade’.

Em nota de imprensa, o SITE Sul refere que «o ano que está a terminar vai ser o terceiro melhor de sempre na Volkswagen Autoeuropa, mas os trabalhadores não tiveram qualquer actualização salarial, a administração alimenta um clima de instabilidade e foram decididos despedimentos nas empresas fornecedoras».

O sindicato lamenta que a VW «não reconheça o papel fundamental e determinante dos trabalhadores no sucesso da empresa e na concretização dos resultados alcançados», e que «no ano de 2021, apesar dos resultados históricos anunciados, eles não tiveram qualquer atualização salarial, numa altura em que o custo de vida aumenta vertiginosamente».

Outro aspecto sobre o qual alerta o sindicato é o «clima de instabilidade no seio dos trabalhadores, com o pretexto da crise dos semicondutores e da epidemia, relativamente à manutenção de todos os postos de trabalho, no preciso momento em que se iniciam as negociações das reivindicações dos trabalhadores para o ano de 2022».

Também nas empresas fornecedoras da VW Autoeuropa «a situação assume proporções ainda mais alarmantes e preocupantes» frisa o SITE Sul.

«As administrações de algumas destas empresas, situadas no parque industrial – tais como a Vanpro, a Gefco, a SMP, a SAS, entre outras –, avançaram para o despedimento de trabalhadores com contratos de trabalho a prazo e de trabalho temporário, depois de a VW Autoeuropa ter comunicado que, no primeiro trimestre de 2022, não irá existir produção aos fins-de-semana (sábados e domingos) e vai aplicar, aos contratos com os fornecedores, tarifas baseadas no horário AE15.

Houve mesmo empresas do parque industrial que decidiram ainda avançar com o despedimento de trabalhadores efectivos e atacar os direitos dos trabalhadores (retirada do pagamento do subsídio de turno).»

Perante este cenário, o sindicato «repudiou estas atitudes das administrações destas empresas multinacionais, incluindo a própria VW Autoeuropa. Ao longo de décadas têm vindo a acumular lucros de milhões de euros e até recentemente receberam apoios do Estado português, no âmbito do lay-off ou do AERP (Apoio extraordinário à retoma progressiva da atividade), devido à crise gerada pela COVID-19.»

Foi pedida pelo sindicato uma reunião à administração da VW Autoeuropa, para discutir estas e outras matérias do interesse dos trabalhadores.


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