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Sindicatos dos motoristas avançam com greve ‘por tempo indeterminado’

O plenário desta tarde em Aveiras de Cima, Azambuja, entre o Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM) e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), confirmou a decisão por unanimidade de avançar para a greve ‘por tempo indeterminado’ a partir do dia 12 de Agosto, segundo foi anunciado há instantes após o final da reunião.

Após o plenário que teve lugar esta manhã em Leiria, com os associados do Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias, onde foi aprovada por unanimidade a manutenção da greve, Anacleto Rodrigues, porta-voz do SIMM afirmou ainda aguardar que ANTRAM, associação patronal do setor, apresentasse propostas que evitassem a greve.

No entanto, tal não aconteceu e os dois sindicatos decidiram avançar com a greve por tempo indeterminado, o que já levou o ministério da Administração Interna a declarar o país sob Situação de Alerta’, e a uma reunião de emergência esta manhã entre o primeiro-ministro e elementos do Governo para debater a situação.

Os sindicatos tinham dado até às 16h00 de hoje para a ANTRAM apresentar propostas para existir uma hipótese de desconvocar a greve, mas tal não aconteceu e por isso os sindicatos decidiram, por unanimidade nos dois plenários, manter a greve.

Os trabalhadores exigem um acordo para aumentos graduais no salário-base até 2022, de 700 euros em janeiro de 2020; 800 euros em janeiro de 2021 e 900 euros em janeiro de 2022 (1.400 euros em janeiro de 2020; 1.550 euros em janeiro de 2021 e 1.715 euros em janeiro de 2022); um novo Contrato Coletivo de Trabalho com um prazo mais alargado; tempos de trabalho e descanso semanal, com uma limitação de horas e o seu pagamento integral bem como um segundo subsidio de refeição sempre que o trabalho se estenda para lá das 19h30.

Os motoristas querem também a regulação das normas sobre cargas e descargas e o aumento do valor dos seguros e com a exigência de exames médicos suportados pelo patronato, e o mesmo com as ajudas de custo.

Fora da greve ficam os motoristas afectos à FECTRANS – Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, que chegou a acordo com a ANTRAM numa reunião que decorreu esta semana.


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