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Sindicato dos Enfermeiros alerta que ‘caos’ nas urgências do HGO ´é a ponta do iceberg’

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Pedro Costa, disse esta terça-feira que «o caos na urgência do Hospital Garcia de Orta, Almada, pode agravar-se nos próximos dias, devido a baixas entre os profissionais».

Em comunicado citado pela Lusa, o dirigente adiantou que «de um total de 76 enfermeiros ao serviço na urgência, 24 têm limitações várias ao nível do cumprimento integral do horário de trabalho» e que «há profissionais que chegam a ter a seu cuidado cerca de 30 doentes».

Pedro Costa garante também que o encerramento do atendimento urgente de Ginecologia e Obstetrícia e de Ortotraumatologia daquele hospital «são apenas uma ponta do icebergue» e frisa que «há todo um conjunto de lacunas que estão a comprometer o atendimento e tratamento dos doentes, quando dos 76 enfermeiros ao serviço no serviço de urgência, há 4 de baixa por gravidez de risco, 2 por covid-19, 3 ausentes com licença de maternidade e 2 por doença.

A isto há ainda que juntar os 8 colegas com horário flexível para apoio à família, 4 com estatuto de trabalhador-estudante e um com isenção de prestação de serviço em horário nocturno.»

O dirigente sindical sublinha que «os serviços estão no limite e qualquer imprevisto pode obrigar ao fecho», dando como exemplo o Serviço de Observação da urgência, «onde estão 30 doentes ao cuidado de um único enfermeiro», e ainda a Área Dedicada ao Doente Respiratório «onde existem 17 pessoas para 1 enfermeiro, enquanto nos cuidados intermédios do Serviço de Urgência, onde deveria existir uma média de 4 doentes para cada enfermeiro, na realidade são sete doentes para 1 só enfermeiro».

De acordo com Pedro Costa, «esta é uma situação que se arrasta já há vários meses e que agora é agravada pelo período de férias» e o cenário vivido no Garcia de Orta em relação aos enfermeiros «é de exaustão total, por força da constante realização de trabalho suplementar para enfrentar a escassez de recursos existentes, que resulta da falta de um planeamento estratégico».

Na semana passada, de acordo com o sindicalista, estes profissionais viram-se obrigados «a recusar a realização de trabalho suplementar programado por motivos de cansaço, mas também porque essa era uma medida ilegal».


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