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SINDEPOR acusa HGO de não pagar subsídio Covid-19 a metade dos enfermeiros da Urgência Pediátrica

O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) acusou esta sexta-feira a administração do Hospital Garcia de Orta, Almada, de não pagar o subsídio de risco Covid-19 a metade dos enfermeiros que trabalham na Urgência Pediátrica, num comunicado emitido após uma visita realizada à unidade hospitalar.

O Sindicato contesta aquela que considera como «uma decisão unilateral injusta e incompreensível» e por esse motivo vai solicitar uma reunião ao Conselho de Administração do HGO «pedir explicações sobre este e outros assuntos.

Não existem numerus clausus para o subsídio de risco covid. A administração tomou esta decisão com base em quê?», pergunta Luís Mós, coordenador da região sul do Sindepor.

O Sindepor aponta ainda o facto do mesmo serviço estar a funcionar «no limite», com cerca de 30% dos profissionais em isolamento profilático, «uma situação que tem sido recorrente porque, quando há colegas que regressam ao serviço, outros vão para casa.

A boa vontade e entrega dos enfermeiros que se mantêm em funções têm permitido que a prestação de cuidados de saúde pediátricos não entre em ruptura durante as 24 horas de funcionamento, com o consequente aumento do pagamento de trabalho extraordinário.»

Luís Mós ressalva ainda que «estes enfermeiros têm sido inexcedíveis e têm feito turnos extraordinários para colmatar as ausências dos colegas que estão em isolamento profilático, com mais cansaço e desgaste.

Uma entrega que torna ainda mais injusto o não pagamento do subsídio de risco covid a metade dos profissionais deste serviço, até porque eles têm sido também afetados pela doença. Existe um circuito para pacientes respiratórios e outro para não respiratórios, mas é neste último que acabam por surgir vários casos positivos de covid-19.»

A falta de enfermeiros é também apontada na Urgência Geral, esta por saída dos profissionais para outras opções «tendo em conta que o Garcia de Orta se insere num território com bastante oferta hospitalar pública e privada.

Recentemente, saíram do hospital cinco enfermeiros e os que se mantêm ao serviço queixam-se de exaustão. Neste contexto, o SINDEPOR vai perguntar à administração do Garcia de Orta quais as medidas que têm em curso ou as que pretende adotar para travar a saída de enfermeiros.»

Outros assuntos a abordar na reunião com a administração passam pelo processo de avaliação SIADAP e pelas diferenças entre enfermeiros com Contratos de Trabalho em Funções Públicas e colegas com Contrato Individual de Trabalho, uma vez que estes desempenham as mesmas funções, mas são prejudicados a vários níveis.


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