SIM interpela ministra sobre falta de equipamento de proteção individual
O Sindicato Independente dos Médicos interpelou a ministra da Saúde sobre a falta de equipamento de proteção individual para uso dos trabalhadores médicos, quer nos estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde primários, como ao nível dos estabelecimentos hospitalares.
«Na transição da fase de contenção para a fase de mitigação epidemiológica em que Portugal se encontra, garantir as condições básicas mais elementares de segurança no tratamento desta nova, e em boa parte desconhecida, doença, a COVID-19, é crucial» refere um comunicado.
O SIM lamenta que «o ministério da Saúde persista na recusa de ouvir o que esta organização sindical tem para dizer no presente contexto pandémico, porque se nos tivesse atempadamente escutado, de há muito que saberia que, no terreno, os trabalhadores médicos conhecem e denunciam, entre outras, a gravidade da falta de EPI.»
O sindicato regista ainda a demora e insuficiência do despacho que reconhece uma «tão magra necessidade de reforço – em apenas 20% – das existências habituais de medicamentos, dispositivos médicos e EPI, por comparação com o consumo anual dos mesmos registado em 2019».
E deixa ainda um aviso à ministra da Saúde: «caso não se assista à muito rápida reversão dessas faltas, o SIM não se eximirá de formular, assumir e comunicar a orientação, de que existe justa causa de não prestação de cuidados assistenciais de saúde, por parte de um trabalhador médico a quem não sejam postos à disposição os meios e instrumentos indispensáveis, nomeadamente EPI, para que o ato médico decorra segundo o padrão mínimo de segurança exigível, no quadro da pandemia para a infeção por SARS-CoV-2».
O sindicato recomenda ainda que «cabe em cada momento a cada trabalhador médico ponderar se, sim ou não, estão reunidas as condições mínimas de segurança para, no quadro pandémico da COVID-19, poder realizar certo ato médico assistencial, que não coloque em risco a transmissão viral, que a todos cabe evitar, possa ela ocorrer em qualquer dos dois sentidos».
Em apenas 24 horas, mais de 1000 médicos responderam positivamente ao apelo lançado pelo bastonário da Ordem dos Médicos, para reforçarem a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde, de forma a combater de forma mais eficaz o surto pelo novo coronavírus.
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