SIM alerta para urgência de ‘salvar’ o Centro Hospitalar de Setúbal
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) manifesta num comunicado a sua «solidariedade e apoio ao esforço desenvolvido pelos Diretores de Serviço do Hospital de São Bernardo, na tentativa de se evitar o colapso de alguns Serviços Hospitalares».
Segundo o SIM, para a regularização do serviço deste Centro Hospitalar «é imprescindível e urgente garantir um financiamento adequado, o que terá que passar pela sua requerida requalificação em termos dos parâmetros em vigor e definidos pelo Ministério da Saúde».
O SIM aponta como problemas «o número insuficiente de médicos, e outros profissionais de saúde, bem como de equipamentos do CHS, são anteriores à pandemia, que apenas agravou e evidenciou a situação de desinvestimento que o mesmo tem sido vítima desde há dezenas de anos».
Na nota enviada à comunicação social, o SIM informa ainda que os Diretores de Serviço aprovaram por unanimidade uma moção, com medidas que querem ver implementadas, e que já foram apresentadas à Comissão Parlamentar de Saúde «e em breve irão ser mais uma vez apresentadas ao Governo através do Secretário de Estado da Saúde».
Estas medidas passam por:
– Atrair profissionais, não apenas através da correcta remuneração, mas também oferecendo condições de trabalho e de progressão e diferenciação profissional, sob pena de se ir assistir ao colapso de serviços, nomeadamente, a curto prazo, da Oncologia Médica e da Ginecologia e Obstetrícia;
– Melhorar as condições do atendimento ao doente urgente ou emergente, nomeadamente no Serviço de Urgência Geral, Urgência de Ginecologia e Obstetrícia, na UCI e Unidade de Cuidados Especiais Neonatais;
– Melhorar as condições dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT), tais como Patologia Clínica, Anatomia Patológica e Imagiologia, entre outros, que constituem pedra basilar do bom funcionamento de todos os Serviços do Hospital;
– Melhorar as condições do ambulatório e hospitais de dia;
– O funcionamento de alguns Serviços do CHS dependem do enorme sacrifício de muito poucos, pelo seu subdimensionados em recursos humanos médicos, e de outros grupos profissionais;
– Evitar que a venda do Hospital do Outão possa ser condição vinculativa da realização de uma obra de ampliação, já incluída no Orçamento do Estado em vários anos, mas ainda não iniciada. A transferência dos Serviços do Hospital do Outão é complexa e não se resume a uma enfermaria de Ortopedia, pelo que a ser concretizada conforme foi anunciado, traria muitos mais problemas dos que os que ajudaria a resolver.»
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