Distrito de Setúbal

SETÚBAL – GNR desmantelou rede internacional de contrabando de meixão

O Comando Territorial de Setúbal da GNR, através do Núcleo de Investigação Criminal de Setúbal, deteve nos dias 29 e 30 de Janeiro, nove homens, entre os 29 e 73 anos, por pesca ilegal, contrabando, danos contra a natureza e tráfico internacional de meixão, que tinha como destino o mercado asiático.

Desta investigação, que decorreu durante mais de um ano, foi possível apreender mais de 96 quilos de meixão, que corresponde a cerca de 380.000 espécimes, com um valor estimado, no mercado final (países Europeus e Asiáticos), de 720 000 euros, que foi devolvido ao rio por indicação do ICNF, que também colaborou na avaliação pericial.

Durante a operação foram realizadas 34 buscas, sendo nove domiciliárias e 25 não domiciliárias.

Foi apreendido mais de 35.000 euros em numerário; 2.000 dólares americanos; 22 redes usadas na apanha do Meixão com um total de 2860 m2; 35 malas de viagem, usadas para o tráfico internacional de Meixão; 10 bombas de água; 9 balanças usadas para pesagem de Meixão; 7 botijas de oxigénio; 3 tanques de água com filtragem e aquecimento; 3 bombas de oxigenação; 3 embarcações; 2 veículos; 2 armas de fogo; 2 arcas congeladoras; 1 refrigerador de temperatura da água; 1 máquina de Gelo e 1 dente marfim.

Ainda foram apreendidos diversos artefactos utilizados para a apanha ilegal do meixão, assim como para o acondicionamento, conservação e transporte internacional de meixão vivo.

A enguia europeia é uma espécie animal designada por “Anguilla Anguilla” vulgarmente conhecida por “Meixão” (enguia bebé), classificada como “espécie em perigo”. Em Portugal, a captura desta espécie só é permitida no rio Minho, a pescadores devidamente autorizados, ocorrendo em período sazonal, sendo que a detenção e comercialização desta espécie dependem de certificado comunitário, emitido pelo ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

Os suspeitos, com elevada organização e diversas células espalhadas pela Europa, tinha como modus operandi o recurso a “correios” para o transporte do meixão, para abastecer países como a China, o Vietname, a Tailândia e as Filipinas. Nos mercados internacionais o quilo do meixão é avaliado entre 7 500 euros a 10 mil euros, e em Portugal, é avaliado entre os 500 a 1 000 euros.

Esta ação contou ainda com o empenhamento do Núcleo de Proteção Ambiental de Setúbal.


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