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Setúbal e Grândola: Lauak quer despedir mais de 200 trabalhadores

A agência Lusa noticiou que a Lauak pretende avançar com o despedimento coletivo de 233 dos 702 trabalhadores das duas fábricas em Setúbal e Grândola.

As fábricas, pertencem à multinacional francesa com o mesmo nome, e produzem componentes para a indústria aeronáutica no distrito de Setúbal. E segundo agência noticiosa, a Lauak já informou o SITESUL – Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul, a decisão de despedimento coletivo de 197 trabalhadores na fábrica de Setúbal e 36 trabalhadores da unidade industrial de Grândola.

“Os representantes da empresa transmitiram-nos que não iam recorrer ao `layoff´ para minimizar o impacto da redução de encomendas devido à pandemia de covid-19, porque isso representava uma perda de rendimento para os trabalhadores, mas depois fazem algo bem pior, que é lançar estes trabalhadores para o desemprego”, refere Esmeralda Marques, do SITESUL, à agência Lusa.

“Os trabalhadores da fábrica de Setúbal estão muito revoltados, consideram que a empresa não está a ter em consideração os esforços que têm feito, porque que têm sido flexíveis em termos de horários e até no uso de férias, em benefício da empresa. E agora a Lauak, em vez de segurar estes trabalhadores qualificados, decidiu mandá-los para o desemprego”, explica.

A sindicalista não percebe as razão dos despedimentos, uma vez que “volume de vendas de 31 milhões de euros e um resultado líquido de 4,2 milhões de euros em 2018”. Para além disso, “a Lauak também tem recebido muitos apoios do Estado, não só para a formação profissional dos seus trabalhadores, como para a construção e instalação da unidade industrial de Grândola, em que beneficiou de um apoio de cerca de oito milhões de euros, no âmbito de uma candidatura a um programa do quadro comunitário de apoio Portugal2020”, completa.

As denúncias vão mais longe, já que “o que nos parece é que a empresa beneficiou desses apoios e agora não está a cumprir com os trabalhadores”.

O Diário do Distrito contactou a Lauak, via endereço electrónico, para prestar declarações oficiais e não obteve resposta.


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