Distrito de Setúbal

Setúbal | Dívida de 700 mil euros e muita polémica à mistura impedem reabertura do restaurante Novo 10

Um dos restaurantes mais antigos e conhecidos de Setúbal, o Novo 10, na avenida Luísa Todi, está encerrado há mais de um mês e envolto num imbróglio que está a gerar forte polémica na cidade.

Aos microfones da TVI, o proprietário Manuel Teixeira diz-se enganado por Ricardo Moutinho, o empresário portuense que ficou conhecido pelo envolvimento na polémica com o ex-autarca de Caminha Miguel Alves, que lhe terá passado para as mãos 300 mil euros para a construção de um “pavilhão transfronteiriço” que nunca saiu do papel.

Segundo o relato do proprietário do Novo 10, Ricardo Moutinho deve-lhe “cerca de 700 mil euros”. Manuel Teixeira explica que Moutinho, através da empresa Etapas Avulso – uma das 500 que o empresário diz ter criado -, terá feito uma proposta irrecusável, em 2019, ao proprietário do restaurante, para a aquisição do estabelecimento. “Viria a ser o pior negócio da minha vida”, afirmou Manuel Teixeira.

Manuel Teixeira detalha que ele e os restantes sócios do Novo 10 assinaram o Contrato Promessa de Compra e Venda com a empresa Etapas Avulso em Julho de 2019. Nesse contrato ficou acordado que, durante cinco anos, seria paga mensalmente uma verba de 25 mil euros durante cinco anos para depois se fazer a escritura e o restaurante mudar de dono.

Logo no primeiro Inverno, as rendas começaram a chegar às mãos de Manuel Teixeira cada vez mais atrasadas, até deixarem de ser pagas. Manuel Teixeira explica que o contrato é claro quanto à falta de pagamento: se tal acontecer, as chaves devem ser devolvidas.

Mas a devolução das chaves nunca aconteceu e eis que em Dezembro de 2022, após ter trocado as fechaduras do estabelecimento, o proprietário, quando estava no interior do restaurante, foi surpreendido pelo empresário Ricardo Moutinho.

“Vimos o Ricardo a partir o vidro e a montra caiu entre mim e ele. Só tive tempo de segurar o martelo que ele tinha na mão, porque queria invadir o espaço, visto que tínhamos mudado as fechaduras”, conta Manuel Teixeira.

O proprietário lembra que o restaurante não pode, para já, voltar funcionar, uma vez que a juíza encarregue pelo processo deu permissão ao empresário portuense para entrar no restaurante, ao abrigo de uma providência cautelar interposta por este.


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