Distrito de Setúbal

Setúbal | Círio Fluvial leva a imagem da padroeira dos pescadores a milhares de pessoas

Já era tarde, a maioria das pessoas apressava-se a desmontar as tendas e a arrumar aquilo que podiam antes de saltarem para um barco que iria participar no Círio Fluvial, esta segunda-feira.

Apesar de a procissão marítima estar programada para as 17h45, às 16h00 já havia quem estivesse a bordo e com o barco posicionado pronto para partir em honra da santa padroeira dos pescadores. “Eu não sou religioso, não vou nisto dos barcos” disse um festivaleiro, que acabou por participar, já que a energia e o sentimento de união era tanto que poucos ou quase nenhuns ficaram para trás na Caldeira de Troia.

Primeiro entraram as pessoas e só depois a figura de Nossa Senhora do Rosário, esta que ficou alojada na proa do barco Filipe e Pedro, uma embarcação de pesca de médio porte. Idosos, jovens e até bebés estavam presentes e ansiosos para que os barcos ligassem os motores para dar início à homenagem e ao Círio Fluvial.

O barco começou a cortar o rio e outras dezenas seguiram o exemplo, todos em marchas, todos à mesma velocidade, todos unidos por uma só causa. Enquanto seguiam em direção ao hospital do Outão, os olhos iam postos na Santa, não a largavam, não a deixavam fugir do campo de visão. À chegada dos barcos em frente ao hospital, foi dada uma missa em nome daqueles que têm o corpo doente, mas têm o espírito saudável. Vários enfermeiros, doentes e visitantes foram às janelas balançar lenços brancos e ouvir a palavra do Senhor, que, nesta cerimónia, fez questão de levar a frota para mostrar apoio a todos os que sofrem com enfermidades.

Após a missa, era hora de ir em direção ao Porto de Setúbal, onde se designa o final do Círio Fluvial. Ao longo da costa, esperavam milhares de pessoas que expressavam todo o tipo de emoções, desde o mais sério até ao mais emocionado. Quem estava nas praias levantou-se, ninguém ficou sentado para assistir à passagem da união e da grande frota que estava a acompanhar a padroeira dos pescadores nesta marcha marítima.

No Jardim da Beira Mar era onde estavam reunidas mais pessoas para ver a Santa. Ali, foi dada outra missa e uma palavra de coragem e apoio para todos, mas em especial para aqueles que fazem vida nas águas, aqueles que trabalham no mar e que levam a Nossa Senhora do Rosário ao peito em busca de proteção e abrigo.

Alguns agradeceram, poucos rezaram, mas todos sentiram que faziam parte desta união, desta família que é abraçada pela Nossa Senhora do Rosário de Troia.


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