Setúbal

Setúbal | Azeitonenses vivem cenário de “terrorismo social” devido aos transportes públicos

A população de Azeitão apontou vários problemas e expuseram várias situações caricatas que ocorreram desde o início da atuação da Alsa Todi no concelho de setúbal, numa reunião realizada na Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense junto do poder local, representado pelo presidente da câmara de Setúbal, executivo camarário CDU e a presidente da Junta de Freguesia de Azeitão, no dia 26 de setembro.

O pasmo não começou pelas palavras duras, direcionadas à empresa de transportes públicos que é concessora da marca Carris Metropolitana, mas sim, na grande quantidade de pessoas que apareceram, a uma segunda-feira à noite, para dar a conhecer um “terrorismo social” vivido pelos habitantes de Azeitão.

Cabendo as primeiras palavras da noite ao presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, foi explicado, de uma forma educativa, todo o processo do concurso internacional, este que demorou três anos a ser concluído, num processo demorado com um alegado atraso do parecer do Tribunal de Contas perante o contrato de concessão.

Na mesma intervenção, André Martins explica a falta de poder direto que o município tem sobre a empresa, mencionado que o contrato não foi diretamente feito com a autarquia, mas sim, pelos Transportes Metropolitanos de Lisboa, o que incapacita a câmara de recorrer a sanções ou condenações, no sentido da empresa Alsa Todi violar e não cumprir com o caderno de encargos à quatros meses.

De seguida a voz foi dada à população. Aqui foram expostos todos os “piores pesadelos” que a população de Azeitão vive desde o início da Alsa Todi a 1 de junho. “Nós vivemos uma situação de terror psicológico, quando vamos para o trabalho e chegamos ao Casal do Marco quem está em pé tem de sair do autocarro, pois é proibido circular em pé nos transportes públicos em autoestrada, assim temos de decidir quem é que vai e quem não vai trabalhar nesse dia”, numa situação que coloca o trabalho e posteriormente o rendimento das famílias de azeitão em causa.

Para além da gravidade das situações laborais, também foram faladas as situações escolares que começaram a decorrer com o início do ano letivo 2022/2023. Neste sentido os encarregados de educação e alguns jovens do concelho, partilharam as mesmas palavras de desagrado, expondo que as carreiras não servem os estudantes de Azeitão e que os horários são incompatíveis com os períodos escolares, sendo que “existem alunos a entrar às 08h05 e o autocarro só chega a Azeitão às 08h07”, o que leva a uma falta sistemática às aulas.

A reunião terminou, perto da 01h00 da manhã, com algumas explicações da vice-presidente, Carla Guerreiro, da vereadora, Rita Carvalho e do presidente da câmara, André Martins, que, no fecho do encontro, abriram diálogos com a população e mostraram-se disponíveis a ouvir todas as situações com  o devido contacto por e-mail.

Na sequência destas reuniões o executivo CDU tem vindo a pedir o apoio dos cidadãos para uma manifestação, que se irá realizar no dia 1 de outubro junto às instalações da Alsa Todi, situadas perto do Estádio do Bonfim.


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