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Sessão Solene na CM Montijo celebra o 48º aniversário do 25 de abril

Realizou-se, no passada segunda-feira, a sessão solene alusiva ao 48º aniversário do 25 de abril, no Salão Nobre do Paços do Concelho em Montijo.

Esta cerimónia contou com as presenças e intervenções do presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, da presidente da Assembleia Municipal do Montijo, Catarina Marcelino, e dos representantes dos partidos políticos com assento na Assembleia Municipal. Contou também com um momento musical protagonizado pelo músico Filipe Silva que interpretou temas do cantor Zeca Afonso.

Depois da exibição musical realizada por Filipe Silva, deu-se início aos momentos interventivos das figuras políticas presentes na cerimónia.

O presidente da Camara Municipal, Nuno Canta, referiu a relevância da sessão solene relacionada ao momento em que o povo português assiste “a uma guerra” entre a Rússia e a Ucrânia “que volta a ameaçar a europa”. O presidente expressou “a condenação desde o primeiro momento desta guerra injusta da celebração russa contra a Ucrânia”, proferindo ainda que o concelho “sempre mostrou solidariedade com o povo ucraniano”.

Nuno Canta aludiu ao facto de que o poder democrático faz com que os “montijenses escolham sempre com liberdade os seus representantes e a alternativa política mais capaz para resolver os seus problemas”. Frisou ainda que com este poder local o município “afirmou as liberdades cívicas, o voto das mulheres e o casamento entre pessoas do mesmo sexo” e que permitiu ainda que o concelho assumisse “causas como a educação, a saúde, a habitação, a igualdade de géneros e o urbanismo”.

A presidente da Assembleia Municipal, Catarina Marcelino iniciou a sessão de discursos. Começou por enfatizar o facto de a nação celebrar “mais anos de democracia do que anos de ditadura”. Já centrada numa vertente mais local, a chefe da assembleia proferiu que “a proximidade das pessoas aliada a capacidade executiva são a chave do sucesso na transformação e qualidade de vida” da comunidade dos Montijenses.

Lilia Mendes, representante do partido Iniciativa Liberal, centrou-se no estado da educação e economia do país, tecendo assim algumas críticas sobre o facto de ainda “existir restrições económicas que impedem os jovens de ter um estilo de vida que lhes permita viver bem e contruir família. A educação em Portugal condiciona atualmente o pensamento livre e não privilegia o mérito”.

O representante do Bloco de Esquerda, Cipriano Pisco, enalteceu as conquistas de abril referindo que “a liberdade veio proporcionar conquistas na saúde com a criação da SNS, na educação com a existência da escola publica, na habitação, e direito dos trabalhadores”. Referiu ainda que o 25 de abril “não é apenas uma data simbólica, mas também um processo de transformação social que modelou o nosso presente.”

Apesar da existência de alguma tensão antes do início do discurso, Ricardo Costa, coordenador do núcleo conservador do Montijo, criticou o estado atual da liberdade, onde proferiu que o “sonho de abril é um sonho manchado pelas forças de extrema-esquerda para usurparem o poder e implementarem uma república socialista à boa maneira soviética, reforçando ainda que o sistema socialista corrói e mata uma nação e um povo”.

Ana Baliza, representante da CDU/PCP, no seu discurso exclamou que “comemorar abril é celebrar o que a revolução se expressa como libertadora e com profundas transformações na sociedade portuguesa”. A deputada ainda criticou reprovou o fascismo referindo que é um “conceito escondido em discursos que se dizem modernos, mas não são nada mais que maneiras maquilhadas de atacar a liberdade e de promover o odio por aqueles que reclamam boas condições de vida”.

O representante do CDS/PP, Carlos Ferreira, usou parte do seu discurso para reprovar certas ações de Bloco de Esquerda em relação ao seu suposto apoio às ditaduras de Putin como também às de “Venezuela, Bielorrússia e Coreia do Norte”, reforçando ainda a ditadura tanto seja de “direita ou de esquerda só se serve de si própria e aos que à distância dela se beneficiam”.

Ana Dias Neves, representante do PSD, comparou a data da celebração de 25 de abril com a de 25 de novembro de 1975 exclamando que esta “é merecedora de grande igualdade e relevo. Em ambas se acabou com a ditadura e em ambas se restaurou a liberdade”, reforçando que não a reconhecer é um “crime à pátria”. Referiu ainda que apesar de a nação ter alcançado a liberdade no 25 de abril “nunca existiu uma cultura de liberdade”.

O representante do PS, partido mais votado município, Diogo Vintém, proferiu como será difícil para a sua geração “olhar para um presente e um futuro onde impera a lei do mais forte, onde estados soberanos ainda são invadidos por forças militares” e onde a riqueza é cada vez menos distribuída. O deputado aludindo ao conceito de liberdade expressou que para ter “um mundo livre” é necessário “rejeitar a ideia de que é normal imperar a leia da competição e aceitar que as desigualdades são normais”.

A sessão solene terminou com um Moscatel de Honra, no Claustro dos Paços do Concelho.


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