Na reunião extraordinária que o executivo de Sesimbra levou a cabo, a última antes do período natalício, o foco esteve no Orçamento para o próximo ano e os restantes. O presidente Francisco Jesus começou a ordem de trabalhos falando sobre a saúde (tema bastante em voga pelas piores razões) e a deficiência de trabalhadores que o Hospital de Setúbal enfrenta. O presidente pediu mais meios de diagnóstico básico numa das USFs de Sesimbra para desta forma ajudar a tirar algum peso do Hospital de Setúbal. Em relação a falta de atendimento complementar na freguesia de Santiago, Francisco Jesus disse que os utentes de Sesimbra vão ter as urgências garantidas. A USF de Sesimbra tem mais inscritos (uma boa parte são da Quinta do Conde) do que residentes na freguesia. «Não aceitamos que estas debilidades continuem ou ainda se aprofundem depois do esforço financeiro que estamos a fazer para construir uma nova USF», disse.
Espera-se que esta situação termine assim que as novas instalações entrem em ativo. «Quero agradecer às forças de segurança o trabalho feito para ajudar a mitigar os efeitos que a intempérie tem provocado em todo o país», foi um agradecimento feito pelo vereador Nélson Pólvora, mas reforçado por todos os elementos do executivo. O mau tempo em Sesimbra não provocou grandes escândalos e a principal inundação aconteceu no pavilhão do Grupo Desportivo de Sesimbra, que teve uma sala com mais de um metro de água. Para além das chuvas fortes, o presidente da autarquia acredita que as obras na mata Vila Amália também contribuíram para esta situação.
«Este é o maior orçamento da história democrática, e talvez de mesmo antes da democracia, que Sesimbra já teve», falou sobre os 77 milhões de euros que a autarquia vai ter disponível. Este orçamento não é acompanhado de um aumento de impostos. Houve um aumento de 50% na receita, comparando com o ano anterior (em que o mesmo foi de 64 milhões de euros). Este aumento em parte deve-se ao processo de descentralização de competências.
O quadro de pessoal da autarquia aumentou 40% devido a isto. «O orçamento do ano passado, devido às eleições, foi mais complicado de se fazer do que este», desabafou. A educação vai ter alocado a si 5.5 milhões de euros para investimentos, sendo a escola Navegador Rodrigues Soromenho a maior construção. Na questão da cultura, na Quinta do Conde vai ser requalificado o anfiteatro da Boa Água (para o SpotJovem). Os cinco grandes campos de jogos do concelho vão ter relvados novos.
Um dos principais problemas referidos pelos habitantes do concelho de Sesimbra é o fraco estado das suas zonas viárias, com buracos que enchem quando chove um pouco mais. O autarca admite que esta é uma das principais debilidades, mas mesmo assim avançam com alguns pavimentos. «Quando chega a hora da verdade não conseguimos puxar mais a corda para um lado ou para o outro», lembrou que ao fazer várias construções que são da obrigação do estado outras acabam por ficar para trás.
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