Sesimbra

Sesimbra | Atum-rabilho com quase três metros sinalizado pela primeira vez em águas nacionais

David Abecasis, investigador e biólogo do Centro de Ciências do Mar (CCMAR) referiu hoje à Lusa que um atum-rabilho com quase três metros de comprimento foi detetado em agosto em Sesimbra, tratando-se do maior exemplar da espécie sinalizado desde 2010 em águas portuguesas.

«Esta é a primeira vez que foi assinalado um peixe destas dimensões pela rede de monitorização desde que o sistema foi instalado, em 2010, naquela área da costa portuguesa» referiu o biólogo.

O exemplar, com um peso estimado de 200 quilogramas, tinha sido marcado com um transmissor em 2018, no leste do Canadá, e foi detetado pela rede de monitorização do Centro de Ciências do Mar (CCMAR) da UAlg instalada na reserva marinha Professor Luiz Saldanha, junto à serra da Arrábida, na Península de Setúbal.

Segundo David Abecasis, o atum-rabilho (thunnus thynnus) foi detetado no início de agosto do ano passado e permaneceu na área da reserva marinha portuguesa durante cerca de uma semana, conforme indicam os registos dos recetores submarinos da rede de monitorização.

Na altura em que foi marcado media 2,55 metros, sendo que, na mesma ocasião, foi colocado um marcador num outro atum com 2,34 metros que foi já detetado em julho de 2020 e em junho de 2021 na costa algarvia, e em julho de 2021 no Estreito de Gibraltar.

Os dados dos receptores submarinos que registam e gravam a passagem dos animais marinhos são recolhidos duas vezes por ano, em maio e outubro, e depois tratados, «daí só agora ter sido revelada a sua passagem pelas águas portuguesas» esclareceu.

O CCMAR tem instalada uma rede de monitorização das espécies marinhas marcadas com transmissores ao longo da costa portuguesa, desde Sesimbra até Vila Real de Santo António.

O atum-rabilho, cuja captura é condicionada para a sobrevivência da espécie, vive no oceano Atlântico, no Mediterrâneo e no Mar Negro, movendo-se em cardumes e faz migrações desde o Atlântico, onde se alimenta, até ao Mediterrâneo, para reprodução.


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