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‘Sem ovos não se fazem omeletes’

A cerimónia do 92.º Aniversário da Freguesia e 32.º de Elevação de Pinhal Novo a Vila teve lugar esta tarde na Sala de Sessões da Junta de Freguesia e teve início com uma actuação dos Gaiteiros da Bardoada/ Duntrago e a intervenção de vários autarcas.

A sessão foi iniciada por Helena Serafim, presidente da Mesa da Assembleia de Freguesia do Pinhal Novo, com os agradecimentos aos presentes, “e a quem deu o melhor de si a esta terra para construir esta freguesia”.

Seguiu-se a intervenção de Paulo Bombaça, do Bloco Esquerda, que relembrou um pouco da história da vila, destacando “os novos desafios que se avizinham no âmbito da AML, entre eles com a construção do novo aeroporto no Montijo, que consigo trará um inevitável crescimento demográfico, mas também mais exigências ao poder local”.

O eleito referiu depois alguns problemas como a questão das acessibilidades para pessoas com mobilidade reduzida.

Elsa Santana do Movimento Independente MIM, recordou as raízes da freguesia e as suas “uma vez que também o meu avô aqui foi presidente, e por isso nela tenho um profundo orgulho”, mas referiu também “as necessidades de desenvolvimento que ainda temos, como mais equipamentos sociais e infraestruturas”.

Em nome do Partido Socialista, Patrícia Caixinha considerou a celebração como “uma forma de dar continuidade à história e agora temos de seguir para a próxima estação”, destacando o papel do poder local “ao serviço da população, porque dela está mais próximo. Mas também este deve desafiar-se sempre para compreender as necessidades, que no caso do Pinhal Novo estão na mobilidade, com a falta de uma rede de transportes para uma população envelhecida. Há que pensar mais e maior.”

A terminar os discursos dos eleitos da Assembleia de Freguesia, João Espalha, da Coligação Democrática Unitária destacou o trabalho realizado pela CDU na freguesia e no concelho, e a transformação da vila desde 1974.

“Apesar daqueles que só sabem apontar críticas aos autarcas da CDU, estes sempre estiveram de mangas arregaçadas para trabalhar”, apontado algumas das obras mais recentes, “como a Vala da Salgueirinha, o jardim José Maria dos Santos, as escolas, a Unidade de Saúde Familiar Lado Sul, entre outras”.

Tomou depois a palavra Ana Teresa Vicente, presidente da Assembleia Municipal de Palmela que recordou também um pouco do crescimento do Pinhal Novo durante a sua gestão autárquica “e que me deixa com enorme reconhecimento e tranquilidade por ver em que o Pinhal Novo se conseguiu transformar e evoluir, sem cair no caos urbanístico como muitas outras. E isso deveu-se à solidariedade existente no concelho, onde todos davam o seu aval para certas obras, mesmo que não fosse na sua freguesia, permitindo assim este crescimento do concelho.”

«Não queremos ser meros espectadores»

Manuel Lagarto, presidente da Junta de Freguesia frisou que “comemorarmos este aniversário é mais um pretexto para podermos conversar e quem sabe daqui surgirem ideias de futuro. Pinhal Novo é hoje um terreno que nos faz apetecer viver aqui, sem deixar de olharmos de onde viemos e para onde caminhamos”, sem esquecer “um agradecimento público a todos os trabalhadores da Junta, que muitas vezes vão para lá das suas funções para garantirem o bem-estar da população”.

O edil referiu depois as áreas de investimento que estão a ser desenvolvidas “e que em 2020 iremos continuar em prol do bem-estar da população e em parceria com os agentes económicos que nos quiserem acompanhar”.

Apesar de partilharem a cor partidária, Manuel Lagarto deixou ainda vários ‘recados’ à Câmara Municipal, sobretudo devido à falta de meios financeiros, “resultado de algumas medidas como a retirada das taxas de canídeos, da não aplicação correcta da Lei das Finanças Locais, mas também da excelente resolução de baixar o IMI, mas que se reflecte nas verbas disponibilizadas, e sem as quais não nos é possível realizar obras.

Por isso entendo que o município devia reforçar monetariamente as juntas e também as delegações de competências, mas com base naquilo na produção de resultados, bem como deviam ser actualizadas as transferências financeiras realizadas para as Juntas e acordadas em protocolos. Sem ovos não se fazem omeletas.

Demos demasiada importância aos protocolos e não queremos ser meros espectadores. Também por isso a Câmara Municipal devia aceitar que a discussão com as freguesias deve ser mais regular. As semanas descentralizadas são excelentes, mas não suficientes.”

Num discurso de cerca de cinquenta minutos, Álvaro Amaro, presidente da Câmara Municipal de Palmela fez um percurso pela História de Pinhal Novo, pela origem do termo ‘caramelos’ e das migrações, mas também se debruçou sobre o presente e o futuro, com as obras que estão a decorrer e que estão previstas, centrando-se num balanço do actual mandato.

“Pinhal Novo é a cidade a beijar o ar do campo. A quem tem a critica muito afiada em relação a esta freguesia, devia pensar melhor, para não ofender os que por ela lutaram e compreender também todo o desenvolvimento aqui vivido desde o 25 de Abril, porque somos uma vila ainda jovem. Mas não podemos esquecer as zonas rurais, que não pode ser apenas encarado como as ‘traseiras’ da cidade, mas sim como mais um meio de valorização mantendo as suas características e por isso com um aspecto mais virado para o turismo e a natureza.

Mas há que conhecer o passado com o olhar posto no futuro, e exemplo disso são as obras no Largo José Maria dos Santos, o qual vamos recuperar o conceito de largueza e de reunião do povo, das suas festas e momentos solenes, ao mesmo tempo com preocupações ambientalmente sustentáveis, evitando gastar vários metros cúbicos de água para encher em algumas ocasiões o lago.”


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