O Ministério Público do Seixal apresentou a primeiro interrogatório judicial dois arguidos, marido e mulher, pela prática de um crime de sequestro agravado, de um crime de ofensa à integridade física qualificada e de um crime de roubo.
O casal foi detido na sequência de emissão de mandado de detenção fora de flagrante delito.
Os factos indiciam que no dia 7 de dezembro de 2021, a arguida, depois de ter ouvido uma conversa do arguido, seu companheiro, e suspeitando de uma relação amorosa, decidiu segui-lo acompanhada de outras três mulheres, vindo a surpreendê-lo na prática de atos sexuais com a ofendida.
«Na ocasião, a arguida e as outras mulheres agrediram fisicamente a ofendida e cortaram-lhe o cabelo, de forma a marcá-la e humilharem-na perante a comunidade cigana, à qual todos pertencem», conforme refere a acusação.
Após a agressão, e já com a concordância e apoio do arguido, e contra a vontade da ofendida, colocaram-na no interior de um veículo automóvel e levaram-na até ao Bairro da Cucena, onde a deixaram desnudada perante terceiros.
Durante a viagem até ao Bairro, a vítima continuou a ser agredida, além de se terem apropriado indevidamente do seu telemóvel.
Na sequência do interrogatório, o Ministério Público promoveu a aplicação das medidas de coação de proibição de contactos e de aproximação da ofendida e de obrigação de apresentação semanal, medidas que foram as aplicadas pelo juiz de Instrução Criminal.
A investigação prossegue sob a direção do Ministério Público do Seixal, do DIAP da Comarca de Lisboa, com a coadjuvação da Polícia Judiciária, e o inquérito encontra-se sujeito a segredo de justiça.
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