Seixal

SEIXAL – Falecimento de Luís Cordeiro marcou reunião camarária

Um voto de pesar pelo falecimento do vereador Luís Cordeiro iniciou a reunião camarária no Seixal desta quinta-feira, apresentado pelo presidente Joaquim Santos, ao qual se juntou um período luto municipal de três dias e ainda o cumprimento de um minuto de silêncio. No documento lido pelo presidente foi destacado o “perfil de dedicação do vereador” e o seu percurso profissional.

Todos os vereadores tiveram sentidas palavras de pesar pela morte súbita de Luís Cordeiro, e de apreço pelo homem e autarca, salientando a “perda para a democracia no Seixal”, palavras que foram acompanhadas pelos familiares e elementos do Bloco Esquerda presentes na sala.

Francisco Miguel Morais irá substituir Luís Cordeiro.

O papel do vereador da CDU Jorge Gonçalves foi também destacado nesta reunião, após a renúncia deste ao mandato por motivos pessoais, tal como o Diário do Distrito informou. A vereadora Maria João Macau substituiu o vereador no seu pelouro, e os vereadores presentes também quiseram deixar uma palavra de louvor ao trabalho desenvolvido por Jorge Gonçalves.

 

Segurança rodoviária preocupa munícipes

 

No período aberto à população interveio Cristina Pereira, que alertou para a situação criada com as rotundas na Avenida Belverde. “Estamos aqui porque esgotámos todas as instâncias: após as obras que colocaram ali a rotunda, o muro da nossa casa já foi atingido quatro vezes por carros, é um autêntico ‘ponto negro’ e é uma situação de risco eminente.”

O vice-presidente Joaquim Tavares, a substituir Joaquim Santos ausente por falecimento de um familiar, referiu que “também estamos satisfeitos porque tomámos medidas que criaram alguma acalmia, mas insatisfeitos porque não estão a resultar em pleno. Iremos ver com a PSP para aumentar fiscalização, mas vamos reponderar a rotunda e a sinalética atenuante, que pode passar por lombas.”

Joel Lira lamentou o falecimento de Luís Cordeiro lembrando uma conversa mantida “na qual ele me disse que esperava ver as placas de denominação de Amora. Não o conseguirá ver.”

Depois referiu o facto de, passado um ano da sua comunicação, não ter sido ainda retirada a cabeça de uma deusa. “Serei eu o cabeçudo que bate sempre nisto?”, ao que Joaquim Gonçalves explicou que “o senhorio já foi informado e afirmou que irá retirar a estátua em trinta dias. Se não o fizer, a Câmara Municipal tem meios para actuar.”

O munícipe voltou a questionar sobre a não recolha de lixo no início de Agosto dentro da Praça da Cruz de Pau, quando se fez sentir mais calor; alertou para o anormal funcionamento dos semáforos nas Paivas e agradeceu “a maior vigilância sobre a ‘casa negra’ no Fogueteiro, porque sei que foram ali detidas pessoas por tráfico de droga”.

Joaquim Tavares referiu que “no caso do lixo o motorista que devia fazer a recolha não o fez e não informou o encarregado”, e sobre os semáforos, “estes são alimentados por painéis solares, mas devido a uma árvore de grande porte, por vezes há problemas, mas estams a estudar o assunto.

Em nome da direção da Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos do Casal do Marco, Domingos David, solicitou informação sobre os apoios camarários à criação de um Centro de Dia na localidade, com a vereadora Manuela Calado a frisar que “os processos já estão em andamento, e iremos reunir para discutir o assunto com a Associação de Reformados. Neste momento estamos em período de férias e os técnicos também têm muitos processos para avaliação.”

Luís Barreiros chamou a atenção para a falta de marcação de estacionamento em zonas da Amora, a falta de visibilidade de passadeiras e alertou para um painel publicitário a cair junto ao Complexo Municipal Carla Sacramento, referindo Joaquim Tavares que “o proprietário do mesmo irá ser alertado” e o vereador da Protecção Civil, Marco Teles, a garantir que “neste momento foi para lá uma equipa para verificar se é necessária alguma intervenção de urgência”.

As obras realizadas numa loja sob a sua casa levaram à reunião Luísa Maria Costa. “De uma loja onde funcionava um atelier de costura, e os donos resolveram abrir uma lavandaria à porta fechada no prédio ao lado mas tiraram a parede entre as lojas, isto é, entre os prédios. A nossa empresa de gestão de condomínio já contactou a Câmara Municipal e uma moradora, e não tiveram qualquer resposta, o que é uma falta de respeito.”

Em resposta, a vereadora Manuela Calado (CDU) explicou que “já foi feito um pedido de informação através do serviço de Fiscalização sobre a obra entre os prédios”.

Por último, interveio Diamantino da Silva, promotor imobiliário, queixando-se da demora na emissão de uma licença de utilização, “que foi pedida há três meses, prazo que ultrapassa em muito o regulamento das licenças de utilização. Tenho pessoas à espera para poderem habitar as cassas e não o podem fazer.” A este munícipe, Joaquim Tavares garantiu ir verificar a situação, porque não havia registo da sua inscrição na reunião.

 

Quinta do Infante e Cooperativa ‘Pelo Sonho é que Vamos’

 

Eduardo Rodrigues (PS) questionou o executivo sobre a posição da autarquia perante a venda da histórica Quinta do Infante, na Amora. “Além do seu valor histórico, tem também o palacete um posicionamento geográfico muito atractivo, e toda a quinta poderia ser uma mais-valia para a população usufruir de espaços verdes, e tendo em conta que a Câmara Municipal tem opção de compra.”

Para o vereador do Património, Manuel Pires destacou também o interesse histórico do palacete e da sua recuperação “mas ainda nada está definido, iremos reunir os serviços para discutirmos o assunto o mais depressa possível” e Joaquim Tavares garantiu que “a autarquia irá fazer uma avaliação sobre esse e outros imóveis, e a seu tempo será dado conhecimento das decisões, mas não podemos divulgar tudo, até para evitar certas pressões”.

Marco Teles Fernandes (PS) interrogou sobre a situação da Cooperativa ‘Pelo Sonho é que Vamos’ e o encerramento da Creche Sonho Azul “que deixou sem resposta cerca de 60 famílias e muitas sem capacidade de recorrer ao privado. Manuela Calado explicou que “a autarquia está a tentar encontrar respostas dentro da nossa rede social para os pais que tinham as crianças na Creche Sonho Azul 2, que funcionava em Paio Pires, mas não está a ser fácil, até porque estavam lá mais crianças do que as que deviam estar.

A creche foi construída em terrenos camarários, ao abrigo do Programa PARES com a Segurança Social e há um conjunto de procedimentos legais que não sabemos como irão correr até ser accionado o processo de insolvência.

No caso da Cooperativa, todas as valências já estão encerradas desde 31 de Junho, com a direcção a ter renunciado a estas com a Segurança Social, e todos os trabalhadores foram alvo de um despedimento colectivo. Ainda não se encontra em processo de insolvência mas para lá caminha, e por isso estamos a tentar resolver vários aspectos em contra-relógio, porque a partir desse processo, tudo fica suspenso. Mas repito que não está a ser fácil.”


ÚLTIMA HORA! O seu Diário do Distrito acabou de chegar com um canal no whatsapp
Sabia que o Diário do Distrito também já está no Telegram? Subscreva o canal.
Já viu os nossos novos vídeos/reportagens em parceria com a CNN no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!
Siga-nos na nossa página no Facebook! Veja os diretos que realizamos no seu distrito

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *