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Seixal | Executivo debateu Mercado da Cruz de Pau, brasão de Fernão Ferro e outdoors

O presidente Joaquim Santos iniciou a reunião camarária desta quarta-feira no Seixal, após a intervenção do público, a maior parte moradores de Vila Alegre, Fernão Ferro, com uma informação sobre a situação de covid19 no concelho “cujos casos estão novamente a aumentar em toda a Área Metropolitana de Lisboa, com o Seixal a aumentar de 30 para 35 casos por cada 100.000 habitantes.

Apesar disto, o concelho está em 16.º lugar no número de casos na AML, apenas com dois municípios com menos casos.”

No período de intervenção dos vereadores, entre outros temas, Francisco Morais (BE) criticou o facto de que “na reunião de há quinze dias, o BE solicitou um esclarecimento sobre a ausência do brasão da freguesia de Fernão Ferro nos cartazes que foram espalhados pelo concelho.

Na altura o presidente assumiu que era um erro da gráfica, mas o que acontece é que não pediu qualquer desculpa à população de Fernão Ferro, que pelos vistos deixou de pertencer ao concelho do Seixal.”

Segundo o vereador bloquista, “há nesta atitude uma provocação e uma humilhação da freguesia de Fernão Ferro, numa atitude anti-democrática.

Lamentamos negativamente essa postura e que, tal como o BE propôs na outra reunião, o presidente não tenha desfeito o equívoco na mais recente edição do Boletim Municipal, como lhe pedi. Fala das obras, em mais uma manobra de propaganda, e o que prova que a freguesia afinal até existe, mas nem no editorial tem uma palavra de desculpas para com a população de Fernão Ferro.

Fica no seu direito de não o fazer, mas a população merecia uma explicação clara sobre o lapso.”

Em resposta o presidente Joaquim Santos afirmou achar “o BE mais interessado em pressionar o presidente sobre um lapso, do que intervir sobre um conjunto de outros problemas em Fernão Ferro, mas essa parece ser o tema fracturante que o BE tem na sua agenda, mas comigo não contará para isso.

Não afirmei que foi erro da gráfica, e assumo o ocorrido como um lapso meu.”

Também Eduardo Rodrigues (PS) não deixou de criticar o ocorrido, e questionou o presidente “porque se houve um erro com as tais lonas, então porque continuam expostas, e não foram ainda recolhidas ou substituídas? Por mais que venha dizer, foi uma opção excluir Fernão Ferro, porque se quisesse fazer o que é correcto, já as tinha mandado retirar.”

Francisco Morais relembrou também “o trabalho meritório dos elementos do Rancho Folclórico Honra e Glória, que estão a auxiliar muitas famílias na Arrentela, servindo sopas e alimentos, mas que não tiveram resposta aos seus pedidos de auxílio para transporte logístico e abastecimento da rede eléctrica na sua sede, para poderem continuar a prestar essa ajuda.

Mais uma vez, ficamos por uma notícia no Boletim em propaganda, mas que fica aquém do apoio que a Câmara Municipal podia ter prestado à associação.”

A vereadora Manuela Calado (CDU) também elogiou o trabalho da Associação, “por quem temos muito apreço, e com quem já estávamos a articular apoios, e estamos agora a tentar resolver o problema do abastecimento eléctrico na sua sede”.

Apoio alimentar nos Centros de Vacinação

A vereadora Elisabete Adrião questionou o presidente sobre o facto de “terem deixado de servir o pequeno-almoço, almoço e lanche às equipas que estão nos Centros de Vacinação, curiosamente na mesma altura em que começaram a distribuir sacos com uma maçã, uma garrafa de água, uma máscara e um panfleto de propaganda do senhor presidente.

Já agora, sacos semelhantes foram entregues pela Câmara Municipal de Lisboa desde o início do processo de vacinação, mas pelo Seixal têm de ter os flyers de propaganda, será para isso que hoje vamos aqui votar um novo empréstimo bancário?”  

Sobre este assunto, o presidente Joaquim Santos desmentiu a vereadora, afirmando que “as refeições não foram interrompidas, pelo que não está a dizer a verdade.

E acrescento que actualmente já não ocorrem os problemas de sobreposições que aconteceram, e felizmente as idades de vacinação foram alargadas, pelo que irei agora ser vacinado quando for chamado e não por ser presidente da autarquia, ou para fazer as figuras de alguns que se aproveitaram para a tomar sem terem direito.”

Elisabete Adrião criticou também “o evento da requalificação do mercado da Cruz de Pau, para o qual os eleitos do PS não foram sequer convidados, mas que pudemos ver que a determinada altura se misturou com uma comitiva da CDU, o que é normal porque em quarenta anos de gestão PCP as coisas tendem a confundir-se.

Mas teria sido de bom tom um convite, no entanto, continuamos a ser excluídos do que acontece no concelho, a ver pela agenda quinzenal que recebemos agora e na qual apenas somos convidados para um evento no dia 6 de Junho.

É altura do senhor presidente reflectir sobre os procedimentos e atitudes que tem para com a oposição.”

Na mesma critica embarcou Eduardo Rodrigues, frisando que “a agenda quando nos chega é cada vez mais reduzida, como se vê agora, onde apenas somos convidados para um evento nos próximos quinze dias, como se a Câmara Municipal apenas fosse realizar esse evento.”

Em resposta Joaquim Santos afirmou que “a agenda municipal decorre dos nossos trabalhos e é nesses moldes enviada aos vereadores.

Sobre a visita ao Mercado da Cruz de Pau, visitámos uma fase de uma obra do município, como visitámos muitas outras”

Novamente Eduardo Rodrigues criticou a obra naquele equipamento municipal “que foi anunciado como sendo uma intervenção na sua totalidade, e não em fases. Andaram quatro anos a dizer que iam fazer e depois fazem a inauguração de uma lavagem a um espaço, porque nem se preocuparam com o aspecto exterior, numa tentativa de dizer que ‘fazemos o que prometemos’.

Até colocaram dois enormes outdoors em ambas as entradas do mercado, como se de uma grande obra se tratasse, aliás, à semelhança de outros outdoors que já andam a espalhar por todo o concelho, alguns tão ridículos como o que colocaram a dizer que fizeram uma intervenção de 3.500 euros, na certa os cartazes custaram mais que isso.  

O município está infestado de outdoors com propaganda.”

A finalizar a discussão Joaquim Santos afirmou que “pelos vistos as questões importantes para a oposição são os outdoors e as lonas, e não vou comentar isso. Cada um faz os outdoors e as lonas que entender.”


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