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Seixal | Executivo camarário reune após eleições autárquicas

A primeira reunião do novo executivo da Câmara Municipal do Seixal foi marcada pelos cumprimentos entre eleitos, apresentação dos novos vereadores que integram o executivo, mas também com uma troca de acusações entre o PS e a CDU.

Joaquim Santos, o presidente reeleito pela CDU, apresentou os seus “votos pessoais e do colectivo para que tenhamos um excelente e profícuo mandato em prol da nossa população, nos próximos quatro anos que serão muito interessantes para o concelho.

A população exprimiu a sua vontade dando mandatos, em maioria à CDU, depois ao PS, e seguidamente ao PSD e Chega; e deu também mais um mandato pessoal a mim, Joaquim Santos, pelo que quero agradecer a quem confiou em nós, e afirmar que estaremos sempre disponíveis para colaborar com as outras forças políticas para melhorar o nosso trabalho.”

Relativamente ao novo executivo, o presidente referiu que “propusemos pelouros ao PSD e ao PS mas não foi possível chegar a acordo, o que aconteceu pela primeira vez na história desta Câmara Municipal, onde sempre têm sido atribuídos pelouros à oposição, e por isso teremos pelouros a tempo inteiro com cinco vereadores da CDU”, informando ainda que “o recém-eleito vereador Paulo Silva foi nomeado como vice-presidente”.

Ainda durante a sua intervenção, Joaquim Santos garantiu que “o concelho tem necessidades e são essas que nos devem unir, e repito os apelos que fiz na tomada de posse, de união e paz política para o próximo mandato.

A nossa intenção é tentar cumprir as mais de duzentas medidas do plano eleitoral da CDU, contando com o envolvimento e também com as propostas de todos os outros partidos políticos, sobretudo em cada orçamento, quer dos eleitos para a Câmara Municipal, quer na Assembleia Municipal.”

Saudou ainda os trabalhadores do município “que contribuem para a construção do concelho” e garantiu também manter o apoio à luta destes por melhores condições de trabalho.

Após cumprimentar os eleitos, o vereador Eduardo Rodrigues (PS) esclareceu que “ocorreu uma reunião sobre a atribuição de mandatos, onde nos foram oferecidos dois pelouros a meio tempo, sem indicação de quais seriam, e apresentámos uma contra-proposta de quatro pelouros a tempo inteiro como a CDU, mas deixámos abertura para outras negociações.

Atendendo ao que aconteceu no último mandato, em que os eleitos do PS tiveram dois meios mandatos, e acabaram por ser exonerados com pouca lisura, entendemos que devia haver a máxima convergência de forma séria e não da forma levianamente como o presidente apresentou a proposta.

Não saímos vencedores, mas estamos empenhados em construir uma alternativa, e também esperamos neste mandato um novo ambiente, maior abertura, pluralidade e uma cultura democrática.”

Outra acusação do vereador socialista foi para que “a última campanha eleitoral não decorreu de forma séria, porque a CDU usou meios e dinheiros públicos, e isso parece que deu resultado no Seixal. Quero deixar o meu protesto pelos actos que deram a vitória à CDU mais uma vez, e contra as quais não pudemos fazer nada, até porque as entidades competentes também pouco ou nada fizeram, mas é uma situação que esperamos que não se repita.

Caberá ao executivo saber fazer melhor nos próximos tempos, assim como um uso dos dinheiros públicos apenas e só em prol da população.”

Sobre este assunto, na sua intervenção, o vereador Paulo Silva (CDU) refutou que “ganhámos pelo trabalho que fizemos e não pelos outdoors, mas se alguém pode ter tido efeito sobre os resultados eleitorais, foi António Costa, que diariamente antes das eleições apareceu nas televisões e meios de comunicação social, a insinuar que só as autarquias do PS teriam apoios do Plano de Recuperação e Resiliência, e foi visto por milhares de pessoas, ao contrário de outdoors vistos por apenas algumas centenas. E se não fosse essa postura de António Costa, o PS teria obtido muito menos votos.”

A assumir o novo mandato do PSD, o vereador Bruno Vasconcelos saudou “os eleitos e os novos vereadores, os trabalhadores da Câmara Municipal e a comunicação social sem a qual, no anterior mandato, não conheceríamos nada do que se passava nestas reuniões de Câmara Municipal”.

Apelou ainda a “que este seja um mandato mais clamo, tranquilo e dialogante, respeitando as várias ideologias, com elevação do discurso no debate de ideias” e acerca da distribuição de pelouros, indicou que “rejeitámos a proposta de um pelouro que não sabíamos qual seria, mas também porque antes das eleições já tínhamos afirmado essa recusa. Assumimo-nos como uma oposição clara, na luta pela melhoria das condições da população.

Vamos honrar o nosso programa e quem votou em nós, e iremos tentar que o mesmo seja cumprido, na base do respeito que este órgão nos merece.”

Eleito pelo Chega, o vereador Henrique Freire explicou que “o Chega candidatou-se a este concelho com objectivos definidos, nunca pedimos qualquer pelouro e nunca foi equacionado obter um pelouro. Temos muitas ideias no sentido de melhorar a vida no concelho, que estão definidas no nosso programa.”

Os restantes vereadores também intervieram com breves palavras, para deixar cumprimentos e desejos de maior diálogo entre os partidos para o mandato que agora se inicia.

Na reunião foram ainda aprovados alguns pontos relacionados com a organização interna, e a realização das reuniões camarárias quinzenais, que passam a iniciar-se agora às 15h30.


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