Economia

Sectores da Restauração e Alojamento com perdas acima dos 60% e 90% em Fevereiro

Relatório AHRESP sobre Fevereiro apresenta cenário 'avassalador'

O confinamento geral ordenado pelo Governo devido ao covid19 «conduziu ao encerramento de estabelecimentos, bem como à redução significativa das atividades da restauração, similares e alojamento turístico» refere um comunicado da AHRESP.

A entidade alerta ainda para que os dados mais recentes do seu inquérito mensal relativo ao mês de fevereiro «continuam a indicar fortes quebras de faturação, pondo em risco a sobrevivência dos negócios e a manutenção dos postos de trabalho.

Para que tal não aconteça, devem ser rapidamente reforçados os apoios financeiros às tesourarias, bem como a clarificação dos mecanismos de capitalização. É urgente que novos apoios cheguem às empresas, de forma ampla e imediata.»

Segundo as conclusões do inquérito da AHRESP do mês de fevereiro, que contou com 964 respostas válidas, no sector da Restauração e Similares um total de 52% das empresas indicam estar com a atividade totalmente encerrada; 34% das empresas ponderam avançar para insolvência, dado que as receitas realizadas e previstas não permitirão suportar todos os encargos que decorrem do normal funcionamento da sua atividade.

Para as empresas inquiridas, a quebra de faturação do mês de fevereiro foi «avassaladora»: 83% das empresas registaram perdas acima dos 60%; como consequência da forte redução de faturação, 18% das empresas não conseguiram efetuar o pagamento dos salários em fevereiro e 14% só o fez parcialmente.

Perante esta realidade, 38% das empresas já efetuaram despedimentos desde o início da pandemia e destas, 19% reduziram em mais de 50% os postos de trabalho a seu cargo e 11% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do mês de março.

No sector do Alojamento Turístico, 27% das empresas indicam estar com a atividade suspensa.

Em fevereiro, 56% das empresas não registou qualquer ocupação, e 27% indicou uma ocupação até 10%.

Para o mês de março, 53% das empresas estimam uma taxa de ocupação zero, e 24% das empresas perspetivam uma ocupação máxima de 10%.

Perante este cenário, 16% das empresas ponderam avançar para insolvência por não conseguirem suportar todos os normais encargos da sua atividade.

Para as empresas inquiridas, a quebra de faturação do mês de fevereiro foi «devastadora»: 57% das empresas registaram perdas acima dos 90%.

Como consequência da forte redução de faturação, 32% das empresas não conseguiram efetuar pagamento de salários em fevereiro e 8% só o fez parcialmente.

Ao nível do emprego, 30% das empresas já efetuaram despedimentos desde o início da pandemia e destas, 36% reduziram em mais de 50% os postos de trabalho a seu cargo. 5% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do mês de março.

Os números do inquérito de fevereiro mostram, uma vez mais, que é «absolutamente necessário» que os apoios financeiros cheguem de forma urgente às empresas.

Finalmente, a AHRESP considera não menos relevante a necessidade de se conhecer, com urgência, as condições que serão apresentadas no Plano de Desconfinamento, permitindo às empresas a organização e preparação atempada da retoma das suas atividades, em completa segurança.


ÚLTIMA HORA! O seu Diário do Distrito acabou de chegar com um canal no whatsapp
Sabia que o Diário do Distrito também já está no Telegram? Subscreva o canal.
Já viu os nossos novos vídeos/reportagens em parceria com a CNN no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!
Siga-nos na nossa página no Facebook! Veja os diretos que realizamos no seu distrito

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *