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‘Sardinha já pinga’ mas deixa pescadores descontentes

Os apreciadores das sardinhas sabem que as primeiras são sempre das mais saborosas mas também das mais caras, devido à procura e também às festas populares que pedem a companhia do até à uns anos ‘humilde’ peixe.

Mas este ano de novos ‘normais’ também esta tradição se alterou e a quebra da procura fez baixar o preço da sardinha após o regresso ao mar dos pescadores portugueses terminado que está o período  de defeso.

No entanto os primeiros dias da sardinha trouxeram já motivos de preocupação aos pescadores e armadores, com a procura em lota ‘abaixo do normal’ e a atirar os preços médios para em muitos casos menos de um euro por quilo, uma descida de cerca de 50% face ao preço médio em 2019.

A falta de festas populares e a restauração ainda a meio gás ajudam a explicar a quebra no consumo, que leva a que, mesmo a preços mais baixos, a sardinha tenha dificuldade em ser escoada.

Apesar disso, ao consumidor final, estas ainda estão a chegar acima dos cinco euros.

«Ainda é cedo para fazer um balanço mas, de qualquer forma, estes dias trouxeram-nos boas e más notícias.

A regularidade da captura em todos os portos do país é um bom sinal do ponto de vista dos recursos piscatórios, mostra bem que estão recuperados, como havíamos dito», considerou Humberto Jorge, presidente da Associação Nacional das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco (ANOPCERCO), em declarações ao Dinheiro Vivo.

No entanto destaca a queda da procura e dos «preços médios que caíram para menos de um euro, em alguns casos bastante abaixo, dependendo do porto e do tamanho.

A sardinha grande está longe dos preços dos anos anteriores e a pequena, como é muita e muito misturada, tem grande dificuldade de escoamento.»

Na próxima semana, que marca o arranque das festas dos santos populares, embora este ano com muitas restrições, será também altura para os pescadores reunir e decidir que medidas podem vir a tomar

A pesca da sardinha, que esteve proibida desde 12 de outubro, arrancou a 1 de junho, apenas por um período de dois meses (31 de julho) e com limites de captura diários e semanais.


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