Santiago do Cacém | Festival Terras Sem Sombra em risco de acabar

A falta de apoios por parte da Direção-Geral das Artes (DGArtes) pode implicar a descontinuidade ou mesmo o fim do Festival Terras Sem Sombra

O festival Terras Sem Sombra é organizado há 18 anos pela associação Pedra Angular, sediada em Santiago do Cacém, e viu a sua candidatura ao Programa de Apoio Sustentado – Programação da DGArtes, na área da Música para 2023-2024, ser aprovada, mas não irá receber qualquer valor por ter sido esgotado o montante global disponível, no valor de 4,9 milhões de euros.

«A falta de apoio pode implicar a descontinuidade e, provavelmente, o fim do festival, privando o Alentejo da única temporada musical que abrange o seu território como um todo», afirmou à agência Lusa a diretora executiva do evento, Sara Fonseca.

«A decisão de considerar o festival Terras Sem Sombra elegível, inclusivamente atribuindo-lhe uma pontuação considerável, e depois não o financiar, por falta de verbas, é uma inconsequência grave», criticou Sara Fonseca.

A diretora executiva do evento acrescentou à Lusa que «não se pode aceitar que as regras do financiamento, nomeadamente quanto a patamares disponíveis, tenham sido alteradas depois de findo o prazo para candidaturas. Esta injustiça precisa de ser resolvida.»

Por esse motivo, foi colocado um recurso hierárquico por parte  da Associação, mas entretanto estão à procura de novas alternativas, incluindo com o município.

«O Alentejo é, mais uma vez, escorraçado, agravando-se o fosso entre a nossa região e os territórios mais favorecidos. Será que temos portugueses de primeira e de segunda?», questionou Sara Fonseca.

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