Distrito de SetúbalDistritosGrândola

Ruínas de Troia reabrem sexta-feira ao público

O complexo arqueológico de Troia, no concelho de Grândola, reabre na sexta-feira ao público, prevendo, este ano, um conjunto de atividades culturais e pedagógicas, além da continuação das escavações, disse uma investigadora à Lusa.

As Ruínas Romanas de Troia contabilizaram no ano passado 10.998 visitantes, segundo a arqueóloga Filipa Araújo dos Santos e no ano passado estiveram abertas ao sábado, de março a maio e de setembro a dezembro, e de terça a sábado, de junho a agosto, permanecendo encerradas nos meses de janeiro e fevereiro.

Fazendo um balanço das atividades arqueológicas realizadas em 2018, Filipa Araújo Santos disse à Lusa que uma investigação de emergência devido às tempestades de março, “trouxe à luz dados curiosos ainda desconhecidos sobre as fábricas de salga”, e permitiu saber que os romanos já gostavam de “ligueirão”, um molusco que faz ainda hoje parte das ementas dos portugueses, “muito famoso nas localidades próximas da Comporta e Carrasqueira”.

As intervenções de emergência permitiram também salvar informação sobre “a existência de novas áreas residenciais romanas ainda por explorar, talvez umas novas termas”.

Nestas intervenções a equipa arqueológica de Troia trabalhou com a Universidade alemã de Marburgo.

“Os tanques têm restos de mosaico, argamassas, cerâmicas, etc., coisas que estavam a tirar de outro lado, provando talvez que estivessem a fazer grandes obras”, acrescentou. Nesta campanha, a equipa de Troia trabalhou com a American Foreign Academy Research (AFAR).

O complexo arqueológico de Troia tinha identificadas 27 unidades de produção, designadas por oficinas de salga, sendo “o maior complexo industrial de salga de peixe do Império Romano que atualmente se conhece” e tornou-se uma imagem de marca de um dos produtos mais apreciados no Império Romano, o “garum”, uma pasta de peixe feita das vísceras de atum ou cavala, misturadas com outros peixes.

Atualmente, no complexo de Troia, que floresceu entre os séculos I e VI, são visitáveis duas oficinas de salga de peixe, um mausoléu, uma necrópole, uma zona residencial e um complexo termal.


ÚLTIMA HORA! O seu Diário do Distrito acabou de chegar com um canal no whatsapp
Sabia que o Diário do Distrito também já está no Telegram? Subscreva o canal.
Já viu os nossos novos vídeos/reportagens em parceria com a CNN no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!
Siga-nos na nossa página no Facebook! Veja os diretos que realizamos no seu distrito

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *