AlmadaReportagem

Rotunda do MFA em Almada será reaberta à circulação

Foi aprovada na reunião camarária de Almada que decorreu esta segunda-feira, a proposta abertura de concurso público para a obra de ‘requalificação do eixo central de Almada – Fase 1-A’, para o qual foi também assinado um protocolo entre as empresas Metro Transportes do Sul e Transportes Sul do Tejo.

O vice-presidente João Couvaneiro explicou o objectivo da obra que “pretende melhorar a mobilidade no centro de Almada, com a abertura da rotunda da Praça do MFA, retirando as floreiras que ali existem actualmente, e a requalificação da Praça Gil Vicente, com um valor de 425 mil euros.

Este é um anseio antigo dos comerciantes e da população das duas zonas e também de um compromisso assumido com a então vice-presidente da Associação de Comerciantes, Mónica Carvalho, infelizmente já falecida, que lutou sempre por melhores condições de mobilidade e pela reabertura daquele espaço, até através de um abaixo-assinado que nos foi entregue no início deste mandato.

O encerramento daquela zona terá tido alguma lógica para o anterior executivo, na qual o actual não se revê, e que nos parece fundamental para revitalizar a circulação e também a fruição daquele espaço na cidade. Esta é uma obra pedida pela população há muito tempo e cujo projecto teve um trabalho que demorou bastante tempo e que foi realizado com a população, para corrigirmos um erro do mandato passado e que nunca foi admitido.”

José Gonçalves (CDU) frisou que “o anterior executivo trabalhou no sentido de abrir a Praça do MFA ao transito automóvel, mas não o podia fazer sozinho e entendeu que essa abertura devia ser ponderada com as implicações o restante centro da cidade.

Para tal foi feito um estudo de tráfego para apoiar a decisão municipal, mas não conseguimos um acordo tripartido entre o município, MTS e Estado português para a reabertura da Praça do MFA, mas essa decisão estava assumida.”

Miguel Salvado (PSD), vereador responsável pela rede viária considerou que “fechar a Praça MFA foi um erro olímpico e agora temos de o corrigir.

Temos ali uma série de problemas devido a um mau planeamento do projecto «Almada Central», e de cujos problemas para o centro de Almada e para o comércio o anterior executivo foi bastante alertado.

Todos concordávamos com o Metro Transportes do Sul, mas o anterior executivo devia ter feito pressão para garantir a mobilidade ao centro da cidade, e a prova de que tal era possível foi que conseguimos o protocolo agora com as concessionárias, e a CDU não conseguiu ou não quis, porque isso ia dar conta dos erros que tinham feito.”

O vereador referiu ainda que “estará garantida a proteção do monumento aos Perseguidos, embora que, quando foi projectado, não era para o nível de tráfego que ali se regista.

Vamos tentar manter ao máximo ao que lá está, mas poderá ser necessário criar uma proteção ao pedestal da estátua que já não é o original, encontrando-se este em Vale Figueira, sabe-se lá porquê.”

Outro aspecto da obra que Miguel Salvado realçou passa pela “operação de esmerilagem, que vai causar muito barulho e que terá de ser realizada durante a noite, para não interromper a circulação, uma questão sobre a qual a população vai ter de ser avisada”.

Joana Mortágua (BE) congratulou-se “por um projecto que é um anseio antigo da população para um problema de mobilidade que ali temos” e questionou se “existe alguma identificação ao nível do ruido causado pelo Metro de Superfície, que também é alvo de crescente desagrado dos moradores, e se há alguma proposta para a sua menorização”.

João Couvaneiro respondeu que “tem havido alguns trabalhos de ajuste na linha para procurar mitigar o problema, mas este é complexo e estrutural. Este é um assunto que tem sido debatido pela autarquia com pressão junto da entidade responsável, para reduzir o transtorno que afecta quem ali reside.”

No âmbito da obra, que irá incidir sobre a linha do Metro Sul do Tejo e nas ligações dos TST “foi assinado um protocolo com o Instituto da Mobilidade e dos Transportes” explicou também João Couvaneiro.

A assinatura do protocolo sem discussão pelo executivo levantou críticas por parte dos eleitos da CDU e do BE, que pretendiam que o documento tivesse sido apresentado ao executivo.

“Estamos a abrir um precedente que é grave, porque a senhora presidente assinou um protocolo sem vir a reunião de Câmara, mas os senhores assumirão essa responsabilidade. O executivo tem o direito de se pronunciar e há leis e regulamentos que são para cumprir” frisou Amélia Pardal (CDU).

João Couvaneiro explicou que “na primeira reunião de Câmara do presente mandato, a proposta 939/2017-2021 delegou essas competências na senhora presidente da Câmara Municipal. E essa proposta já veio do anterior executivo, não foi criada pelo actual executivo.”

Miguel Salvado (PSD) acrescentou que “a presidente assinou aquilo que pode assinar

Tivemos um diálogo com os TST e conseguimos o que a CDU não conseguiu ou não quis fazer. E se tivemos uma avenida fechada foi porque a CDU assim o quis, que não colocou resistência a essa proposta. Todo o processo foi trabalhado com os organismos e com muito detalhe.”

A proposta foi aprovada com 7 votos a favor (PS, PSD e BE) e 4 abstenções da CDU.


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