Opinião

Reduflação, Paga e não Bufa!

Uma opinião do presidente do ADN

A reduflação existe quando o preço pago por um determinado produto mantém-se inalterado ou até aumenta, mas o seu conteúdo diminui.

Este fenómeno acontece quando o poder de compra dos consumidores entra em queda, normalmente porque houve um aumento da inflação e o valor dos bens utilizados na confeção dos produtos também aumenta, mas as empresas querem manter o lucro da venda sobre os seus produtos.

Agora que estamos a viver em Portugal com uma inflação, dizem os “especialistas” do Governo, na ordem dos 9,1%, mas quem faz as compras no supermercado e tem de pagar as contas lá de casa, sabe que ela é bem maior, este fenómeno tenderá a surgir em força.

Por exemplo, quem tem filhos bebés e compra papas ou farinha para eles comerem, a marca que comercializa o produto irá manter o preço que praticava por uma embalagem de 1000 gramas, mas passa a vender uma embalagem de 900 gramas, ou seja, 10% menos de produto, conseguindo dessa forma, manter ou até aumentar o lucro que tinha antes da inflação ter subido para os 9,1% e os respectivos preços dos bens terem, também, sofrido aumento.

O ilusionismo ao nível das vendas está em que, para que quem compra o produto não perceber ou, pelo menos, não ficar tão chateado, na embalagem é diminuída a quantidade de produto que tem lá dentro, mas a própria embalagem mantém o mesmo tamanho, o que permite transferir o efeito da subida de preços para o consumidor final, numa tentativa de não prejudicar a imagem da marca.

A nível económico, considero que este é um dos problemas da nossa sociedade, pois deixámos de poder confiar nas marcas e nas empresas, pois, também são essas marcas e empresas que exploram crianças em várias partes do mundo para obterem lucros astronómicos e de quem todos nós, quase sem excepção, somos cúmplices.

Mas como isso se passa longe dos nossos olhos e como não aparece 24 horas por dia na televisão, não vale a pena pensarmos nisso.

Todavia, já quando vemos refugiados de uma certa nacionalidade, todos bem nutridos e anafadinhos, a pedir pela nossa ajuda, ficamos com uma vontade de dar mais a eles do que àquela família portuguesa que, por algum azar, desemprego ou algo similar, ficou sem casa ou sem poder ter comida na mesa todos os dias.

Os Governos perceberam que através da comunicação social conseguem comandar aquilo que a maioria das pessoas pensam ou sentem. É por isso que o mundo precisa de uma mudança urgente de mentalidade e de mais humanismo, mas muito mais humanismo!

Em relação à mudança de mentalidade e da falta de vergonha dos políticos, temos observado os neo-liberais a ficarem calados quando há uma forte subida de juros, porque essa é uma medida que eles defendem para combater a inflação e os socialistas/comunistas marxistas a brincar com os telemóveis do capitalismo norte-americano ao espelho, como fez há dias uma dirigente de um desses partidos marxistas, que nem sequer teve a inteligência suficiente para usar um telemóvel chinês ou norte-coreano na publicação que fez nas redes sociais (que também são de capitalistas).

Por último, não posso deixar de avisar os mais incautos que o Governo fez a sua própria reduflação este mês, ao “dar” 125 euros aos portugueses, e não foi a todos, parecendo que estava a dar alguma coisa, quando esse valor provém daquilo que já foi roubado pelo Estado ao rendimento do nosso trabalho ou do “lucro a mais” que teve com alguns impostos sobre o consumo, nomeadamente sobre os combustíveis.

Seja a reduflação feita por empresas ou pelo Governo, os portugueses vão continuar a pagar sem bufar até quando?


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