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Quinta do Conde, uma freguesia que espera maior autonomia

Para comemorar os 37 anos da Freguesia da Quinta do Conde, o Diário do Distrito entrevistou Carlos Pólvora. Com ele falámos sobre o início deste mandato e os desafios que a Quinta do Conde tem. A Quinta do Conde é das freguesias aquela que fica mais longe da sede, já que são 20 quilómetros até Sesimbra. «Fomos eleitos há um ano depois de 12 anos da Junta de Freguesia ser governada por outra força política», contou o presidente.

Para o socialista, o facto de a autarquia e a freguesia serem lideradas por partidos diferentes não tem problema nenhum. Com um mandato iniciado há pouco mais de um ano, tem apostado na sociedade civil na forma de fazer política. Devido ao facto de ser uma freguesia muito jovem, neste mandato pretendem «fazer pontes entre as escolas e as empresas para a promoção do emprego».

Os Santos Populares, o Festival do Caracol, Artesão e Velharias na Vila (vai acontecer a 22) ou uma recolha de alimentos a favor do povo ucraniano foram algumas das atividades que marcaram o início do mandato. Os parceiros privilegiados para a junta são a: educação, juventude ou o movimento associativo. A cultura e o desporto também não são esquecidos. A Quinta do Conde é a freguesia com mais jovens e viu-lhe ser prometida uma escola secundária. A primeira pedra foi lançada durante o governo de Sócrates, mas nunca viu a “luz do dia”. «Tentamos solucionar os seus problemas quando são da nossa competência e quando não são pressionamos quem tem essa responsabilidade», explicou.

Um dos casos onde a freguesia tentou encontrar uma solução foi o de uma casa repleta de lixo, mas esta situação continua mesmo com os alertas contínuos dos populares. Outro problema é a fome escondida existente. «Temos colaborado com o Gabinete social da Câmara Municipal de Sesimbra na monitorização de todos os casos sociais existentes na Quinta do Conde, acompanhamos e apoiamos as três instituições que distribuem alimentos aos mais carenciados».

«Queremos criar condições de bem-estar aos cidadãos, nomeadamente na resolução do problema dos monos que diariamente são depositados junto aos caixotes do lixo, na mobilidade, na regularização dos painéis publicitários, na retirada dos cabos aéreos e tornar a freguesia mais verde com novos espaços e reconversão de outros», disse. Lembrou nesta entrevista que trabalham para preparar um futuro com melhor qualidade de vida, mas para tal não podem continuar tão dependentes da autarquia.

«Não podemos continuar a ser uma freguesia de mais de 30000 pessoas e só termos duas competências descentralizadas (limpeza de passeios, valetas e sargetas e pequenas reparações nas escolas do 1º. Ciclo)», disse o presidente da Junta. O novo Plano de Descentralização de Competências entrará em vigor em janeiro de 2023. «Somos a maior freguesia com mais recenseados e habitantes que as outras duas juntas e isso têm de ser equacionado pela autarquia, sabemos o que faz falta na Quinta do Conde», lembrou.


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