Editorial

Quem vencerá o braço de ferro?

Porque hoje é quarta-feira, é sinónimo de eu escrever-vos os meus sentimentos, as minhas posições, as minhas opiniões pessoais, por isso é que nos jornais locais, regionais ou nacionais, normalmente existem diretores, editores e cronistas que deixam as suas opiniões, as suas crónicas e os seus editoriais.

Esta semana vou deixar-vos aqui um caso caricato de um autarca que pelos vistos aprendeu um bocadinho da Lei de Imprensa, e sentiu-se também «tocado» num dos meus editoriais semanais no Jornal Concelho de Palmela.

Pelos vistos, parece-me que toquei em mais uma ‘ferida’ que doeu e que deu mote a que esse autarca necessitasse de apresentar um direito de retificação, e como se não bastasse no final ainda se dedicou a tentar atacar a posição de um jornal, que tal como o Diário do Distrito, é isento, rigoroso e preza muito pela informação ao público, coisa que infelizmente nos dias de hoje está camuflada em algumas autarquias que só querem que a imprensa local e regional mostre as coisas bonitinhas, varrendo para debaixo do tapete tudo aquilo que a esses políticos não interessa passar para a opinião pública.

O ‘azar’ de tais autarcas é que no Grupo Pressworld temos um estatuto editorial a manter e a seguir, não somos hipócritas, pese embora existam aqueles que gostavam de nos apelidar de <<totós>> e até dos <<técnicos de qualquer coisas>>, mas afinal está provado que somos jornalistas formados pelos melhores profissionais deste país, felizmente para nós, infelizmente para quem achava o contrário.

Prova disso é o incómodo causado pelos nossos órgãos de comunicação social, cujas reportagens até hoje não foram desmentidas, embora por vezes tenham sido corrigidas, o que no nosso trabalho agradecemos sempre, quando há razão para tal.

Outro assunto que não posso deixar passar ao lado esta semana, é o barulho que os patrões estão a fazer contra os motoristas, que prometem deixar o país a água e nada mais.

Uma semana que passou muito intensa nas pseudo-negociações entre os sindicatos e o patronato, com o Governo a servir de árbitro numa luta que em nada resultou. Os motoristas estão posicionados e não arredam um milímetro que seja na sua decisão de avançar com uma greve que ficará numa qualquer página de história para que possamos recordar mais tarde, aos nossos filhos, netos ou mesmo bisnetos, uma luta onde o VAR do Ministério das Infraestruturas só funciona para o lado dos patrões.

Agora a luta de titãs chega às barras dos tribunais com providências cautelares vindas dos patrões e queixas crime de burla ao fisco vindas dos motoristas.

Quem está no meio desta luta é o povo, que se podia dizer nada ter a ver com o assunto, mas não é bem assim, uma vez que somos todos nós os grandes causadores da sociedade civil estar como está: trabalhadores sem direitos, pequenas empresas que sobrevivem com pequenos balões de soro, enquanto grandes empresas, muitas delas geridas pelo filho, tio, primo do ministro A, B ou C, têm direito a grandes fundos comunitários, enquanto o pequeno se vai sufocando de tantos impostos que paga ao fim de cada mês.

Onde está o Estado de Direito deste país? A saúde está um caos, agora até querem agregar os portugueses todos à ADSE, a segurança um caos está, com polícias a serem agredidos e até as fardas rasgadas, senhores de colarinho branco que foram fazendo milhares de euros e burlando clientes de bancos que acabaram por cair, mas o mais engraçado disto tudo é que houve bancos que foram rapidamente alienados, mas um que ainda continua na pendura do Estado e que só mudou de nome, dos seus 150 anos não resta história, mas de Novo nada tem, ficou a belo prazer de muitos como Novo Banco, mas que está já a ‘gritar’ por mais ajuda do fundo do Estado.

Quem paga? Paga sempre o mesmo, o motorista, a dona de casa, o empregado de mesa, a mulher do campo, o homem da mercearia… Para quê? Para estar a encher os bolsos a gestores que nada percebem, mas que fazem de conta que são grandes gestores, e até casos de Joes Berardos que gozam com os portugueses na Casa da Democracia. Para quê?

Pode ser que a luta dos motoristas abra os olhos de todos nós, portugueses.

Dias difíceis se avizinham, com isto não estou a fazer o alarmismo social, simplesmente o meu editorial desta semana uma vez mais é um momento de reflexão para todos vós! Vamos ver quem ganha o braço de ferro.


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