Opinião

Quem tem medo da Democracia?

Uma crónica de Diogo Reis.

Nas últimas semanas temos assistido à habitual peça de teatro típica desta altura do ano. Porém, temos dois dados novos este ano. Por um lado, o PCP que desde a fundação da “Geringonça” pela primeira vez correu para se pronunciar sobre o Orçamento de Estado para 2022, dando a entender que votaria negativamente. E por outro, o Presidente da República que veio colocar em cima da mesa o cenário de eleições antecipadas. Como se isso fosse um “bicho-papão” e mau para o funcionamento democrático. Lamento se não acompanho essa teoria, mas para mim mau é passar a ideia de que permitir o funcionamento das Instituições Democráticas é mau. Isso é que me assusta. As eleições servem para auscultar a população. No fundo, servem para “sentir” o que pensa a população portuguesa sobre as decisões políticas e o seu futuro. 

O país vai receber a “bazuca” proveniente dos Fundos Europeus, algo que precisaríamos recuar à governação de Aníbal Cavaco Silva, para termos memória de tanto dinheiro a entrar nos cofres portugueses. Esse dinheiro, deve servir para alavancar a economia nacional, para permitir uma série de reformas estruturais tão prementes ao país, como a Justiça, a Saúde, a Tecnologia e tantas outras para evoluir e desenvolver Portugal. E não para ficar refém das agendas ou das clientelas da esquerda radical. Temos aqui a grande oportunidade de desenvolver Portugal naquilo que não foi feito nas últimas 2 décadas, permitindo sair da estagnação a que fomos votados. Não entender isto e querer impor medo é querer que o país fique nas mãos de radicais de esquerda, travando a evolução do país, hipotecando o futuro das novas gerações, aumentando a despesa fixa nacional e deixar uma herança de impostos ainda maior aos que se seguem.

Sou da opinião que temos uma oportunidade única de encontrar consensos ao centro, unindo todas as forças políticas que entendem a necessidade de desenvolver e evoluir Portugal, tirando-o das mãos do radicalismo da esquerda. Quem nos acena com fantasmas de que ir a eleições é mau é cúmplice desta estagnação e não me parece que esteja preocupado com o futuro do país. É hora de o povo sair à rua, de falarmos claramente aos eleitores, explicar o que queremos fazer e de centrar novamente o país no tanto que nos une afastando daquilo que nos separa.



Por tudo isto, confesso não perceber quem tem medo da Democracia!


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