Rubrica

Quando o desejo não se casa

Na terapia de casal, uma das questões mais trabalhadas é a sexualidade. Os meus pacientes ouvem-me dizer que a expressão da mesma na conjugalidade é uma das ferramentas de comunicação mais poderosas, prazerosas e também uma das que pode gerar maior desencontro.

Em muitos casais heterossexuais, emerge o mito segundo o qual a mulher terá menos desejo sexual e que o homem valorizará mais esta área. Discordo, a prática clínica mostra-me que desejo não tem género. O cansaço sim e a excessiva acumulação de tarefas, podem retirar a muitas mulheres a disponibilidade para a relação sexual. Fatores socioculturais e religiosos também ajudam a explicar uma maior inibição da mulher na expressão do seu desejo.

A insatisfação na área sexual surge, muitas vezes, associada ao medo da infidelidade, gerando um clima de desconfiança e uma comunicação passivo-agressiva, potenciadora de distanciamento e de sofrimento.

Por outro lado, casais com uma vivência sexual gratificante para ambos, tendem a expressar maior satisfação conjugal, cumplicidade e maior envolvimento em todas as áreas da conjugalidade.

Quando persiste uma diferença no desejo e na vontade de envolvimento sexual, a terapia de casal é uma ferramenta muito importante na identificação das causas deste desencontro e na construção de caminhos de entendimento.

A vivência de uma sexualidade plena e gratificante é um dos pilares da saúde mental e é um direito de cada uma de nós. Não deixe de o exercer!


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