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PSD/Setúbal responsabiliza Câmara do Seixal pela situação no bairro da Jamaica

O deputado e presidente da distrital de Setúbal do PSD responsabilizou hoje a Câmara do Seixal pela situação de carência habitacional no bairro da Jamaica, afirmando que a autarquia não assumiu as suas responsabilidades “durante décadas”.

Em comunicado, Bruno Vitorino frisou que o município do Seixal “nunca quis resolver” os problemas de Vale de Chícharos, mais conhecido como bairro da Jamaica, e também de Santa Marta de Corroios, outro bairro de lata localizado naquele concelho.

“Esta autarquia, a exemplo de outras no país, teve a oportunidade de acabar com este tipo de situações através do Plano de Realojamento Especial. No entanto, e ao contrário de outros municípios, o Seixal apresenta atualmente 526 famílias com necessidade de realojamento. Quase tantas como em 1993. Ou seja, praticamente nada mudou”, sublinhou.



O assunto foi abordado numa iniciativa organizada pela concelhia do PSD sobre bairros sociais, onde também esteve presente o ex-presidente do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, Vitor Reis, que concordou que o bairro da Jamaica é um exemplo “de como uma câmara municipal se demite das suas funções e das suas competências”.

Em 20 de dezembro do ano passado, a Câmara do Seixal terminou a primeira fase de realojamento dos moradores do lote 10, no bairro da Jamaica, no âmbito da qual 187 pessoas foram distribuídas por 64 habitações em várias zonas do concelho, segundo o município.

Ainda não há previsão de quando começa a segunda fase, mas a autarquia já está a preparar o realojamento do lote 13, onde residem 38 famílias.

Para a resolução desta situação de carência habitacional foi assinado, em 22 de dezembro de 2017, um acordo entre a Câmara do Seixal, o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana e a Santa Casa da Misericórdia do Seixal, que visa o realojamento de 234 famílias e tem um investimento total na ordem dos 15 milhões de euros, dos quais 8,3 milhões são suportados pelo município.



Contudo, para Victor Reis, esta medida só foi tomada devido aos relatórios que diziam que “os prédios estavam em risco de cair”, mostrando-se receoso de que “o processo não vá até ao fim”.

“Como é possível uma Câmara ter um edifício sede de milhões, ao mesmo tempo que convive com uma realidade como a do Bairro da Jamaica?”, questionou.

O bairro de Vale de Chícharos começou a formar-se na década de 90, quando populações que vinham dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) começaram a fixar-se nas torres inacabadas, fazendo puxadas ilegais de luz, água e gás.


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