No dia que tem início a Festa do Avante! na Quinta da Atalaia, Amora, o PSD Seixal enviou uma nota de imprensa na qual se assume contra a realização do evento e contra a ‘insuportável descriminação e o perigo’ desta, e denuncia ainda actos de vandalismo de que os seus outdoors foram alvo.
«O PSD Seixal assumiu, desde o primeiro momento e de forma imediata, a denuncia da insuportável descriminação e do perigo que constitui a edição este ano da festa do avante, apesar de todos os ataques, perseguições, injúrias, difamações e actos de vandalismo de que foram alvo os seus dirigentes e militantes.
Afinal, tal não é inédito neste “Concelho de Abril”, e já estamos habituados.
Ainda, no dia de hoje na Medideira, foi selvaticamente vandalizado um outdoor da JSD – Juventude Social Democrata e furtada a sua estrutura, estrutura essa, que havia sido recolocada hoje de manhã, visto que ontem à noite, a mesma já tinha igualmente sido furtada, como se pode ver, este é, o conceito de democracia e de liberdade dos comunistas.»
Afirmando-se «ao lado das pessoas do Concelho» garante que não «se curva, nem perante insultos, nem perante os mais repugnantes actos de terrorismo, nem mesmo perante aquilo que considera ser uma inaceitável “autorização especial” concedida ao partido comunista pelo Governo».
O PSD Seixal acusa ainda o PCP de mentir ao afirmar «que o PSD se pronunciou contra a festa do avante e optou, do alto da sua suposta superioridade moral, por se refugiar na vitimização, no fanatismo ideológico e na ideia retrógrada de um inimigo reacionário invisível, que só existe na sua antiquada concepção da sociedade e do Mundo, não hesitando em apelidar de “reacionários” e “fascistas” todos os que ousam opor-se à realização do seu “ritual sagrado”.»
Para os social-democratas «a insistência do PCP na realização desta edição da festa, quando o País vive e sofre todo um conjunto de restrições provocada pela pandemia da covid-19, desmascara-o em definitivo» e frisam ainda que «o PSD Seixal deu todo o seu apoio a estas iniciativas, espontâneas ou organizadas, e durante os meses de Julho e Agosto ainda apresentou na Assembleia Municipal do Seixal documentos formais de repúdio a esta edição da festa.
Nos últimos dias temos assistido à mobilização de milhares de pessoas, que através de múltiplas iniciativas públicas, tentaram sensibilizar o partido comunista para cancelar a festa. Como sabemos, tal esforço foi infrutífero. Iniciativas como artigos de opinião, comunicados, cartas abertas, protestos dos comerciantes com encerramento de meia centena de estabelecimentos, a marcha lenta com mais de 100 carros, e milhares de protestos nas redes sociais (alguns deles vindos de assumidos comunistas), bem como as 2 noticias que nos mais varridíssimos meios de comunicação social se debruçaram sobre os protestos legítimos da população, não demoveram o partido comunista que autoritariamente assumiu sempre uma conduta de “quero, posso e mando”.»
Outra acusação vai para «o alto patrocínio do Governo e da DGS, especialista em contradições e em confusão, e com recurso a critérios e explicações, que configuram um insulto a todos os portugueses a quem nos últimos meses têm condicionado, sob todas as formas, e com esta “cedência especial” e não podemos deixar de o dizer, o Governo ao invés de pensar nas pessoas pretende apenas obter a garantia calculista de que o PCP continua a deixar passar os seus orçamentos.
O Governo perdeu a legitimidade a credibilidade e perdeu sobretudo a autoridade.»
A terceira acusação vai para a Câmara Municipal do Seixal, «que naquilo a que chamou “luta na linha da frente contra a pandemia”, estoirou do erário público a módica quantia de 3 Milhões de Euros, cancelou todas as festas no Concelho e tem os seus serviços a funcionar por marcação.
Queremos saber porque razão a Câmara Municipal do Seixal, grande entusiasta e patrocinadora deste evento, continua a trabalhar por marcação com um espaço amplo como os serviços centrais, bem como, queremos saber por que razão não atendem os telefones e não respondem a emails, criando com isso graves constrangimentos a todos aqueles que querem trata vida e das suas actividades profissionais.»
O PSD Seixal acusa ainda que «mum Estado de Direito democrático, não deveria ser possível a concessão excepcional, a cedência interesseira e escandalosa, a autorização especial, ou o tratamento de preferência dado a uma organização ou a um partido, quando por todo o País e já agora por toda a Europa, foram canceladas todas as festas, romarias, concertos, iniciativas politicas, etc…
É uma declaração da decadência do sistema democrático português, esta festa marca-a definitivamente.
Nós, PSD Seixal não aceitamos, as pessoas também não aceitam e certamente a resposta a esta gigantesca deformidade será dada nas urnas, nas autárquicas de 2021, pois certamente que os eleitores não se vão esquecer desta desmesurada e inclassificável afronta.»
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