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PSD Lisboa quer testes à covid-19 grátis e massivos

Em comunicado, o PSD Lisboa alertou para a necessidade de testar o maior número posssível de pessoas.

O partido dá o exemplo da Dinamarca, constatando que a média é de 23,71 lá, enquanto em Portugal é de 4,05.

O partido apela para a necessidade de seguir esse procedimento, justificando que “os benefícios que se alcançam permitem diminuir os custos financeiros e humanos do Sistema Nacional de Saúde, evitar o colapso da capacidade de resposta dos hospitais, controlar a evolução da pandemia, obter dados que permitem antecipar o levantamento das medidas mais extremas de confinamento que tanto prejuízo vêm causando à economia e ao bem-estar dos cidadãos.”

Leia aqui o comunicado do PSD Lisboa:

 “Testes Grátis e Massivos à COVID-19” 

 Os especialistas em imunologia e doenças infeciosas vêm alertando para a necessidade de testar o maior número possível de pessoas para que possamos ter maior eficácia no controlo de novos contágios. 

Sabemos que em Portugal se registou e uma média de 4,05 testes por cada mil habitantes, enquanto que por exemplo na Dinamarca foram 23,71. 

De acordo com estes investigadores a Dinamarca foi “um dos primeiros países a detetarem a nova variante do Reino Unido”, mais contagiosa, logo em dezembro, conseguindo desta forma dar uma resposta “notável” do ponto de vista da “rapidez de ação e organização de resposta”. 

Com base nos resultados alcançados na Dinamarca, comparando com Portugal, Carlos Martins, médico e investigador da Faculdade de Medicina do Porto, salientou que a Dinamarca, graças à estratégia adotada, “distanciou-se muito da generalidade dos países”, como Portugal, que seguiu “o caminho oposto”. 

O epidemiologista Manuel Carmo Gomes, defende, com base nos resultados alcançados, que Portugal deveria seguir o exemplo da Dinamarca. 

É cada vez maior o número de especialistas que consideram que os testes são uma ferramenta necessária no combate à covid-19. Estas posições não são “partidárias”, baseiam-se na análise científica dos dados e dos resultados obtidos nos diferentes Estados europeus. 

Ao contrário de Portugal, na estratégia oficial de testagem do Ministério da Saúde dinamarquês, atualizada em outubro de 2020, o governo assumiu o objetivo de “toda a gente desde os dois anos de idade – incluindo cidadãos estrangeiros e turistas – ser testada gratuitamente”. “O objetivo é que 80% dos que têm que ser testados sejam capazes de o fazer em 24 horas, e que 80% dos que são testados possam obter o resultado no dia seguinte”. 

Os procedimentos também são adotados a pensar nos cidadãos, evitando burocracias e dificuldades administrativas desnecessárias. 

Os testes são marcados através de um site, o Coronaprover.dk, sem que seja necessário dar uma explicação ou apresentar uma declaração médica. São feitos em centros de testes fixos, móveis e fronteiriços, bem como em hospitais, clínicas regionais dedicadas à covid-19 e centros de saúde. O resultado também chega online, no site Sundhed.dk ou através de apps, o mais tardar, 48 horas depois. 

A Dinamarca com uma população de 5.6 milhões contabiliza 2.280 mortes desde o início da pandemia (o que contrasta com as mais de 15.000 mortes no nosso país), 393 óbitos por milhão de habitantes. Depois do impacto desta vaga, Portugal passou a ser o nono país a nível mundial com mais mortes por milhão de habitantes. Foi também, segundo o projeto de vigilância EuroMOMO, o país da UE com maior excesso de mortalidade por todas as causas, com um pico de mortes só superado em Espanha na primeira vaga da covid-19. 

O Governo Português prefere valorizar aqueles que dizem que, muito embora a realização de testes massivos a toda a população deva ser considerada uma medida útil para “diagnosticar mais cedo”, a mesma “tem como desvantagem ter “bastante de desperdício”, com muitos testes a serem usados em pessoas que podem não ser, necessariamente, as que mais precisavam de os fazer. 

Por um lado, o Governo reconhece que estamos perante “um inimigo que não se vê” e, por isso, devemos estar confinados para evitar os contágios e que os testes são a maneira mais eficaz para detetar as potenciais fontes do aumento de número de contágios; por outro lado, em vez de tudo fazer para, com maior eficácia, diminuir a circulação das pessoas que, sem saberem, podem estar a contagiar outras, prefere invocar o “desperdício” que os testes podem representar. 

O PSD tem adotado uma atitude de cooperação e colaboração com o Governo na adoção de medidas, evitando o confronto político-partidário numa matéria em que o que está em causa é a saúde e, mesmo, a vida das pessoas. 

Mas, o PSD não pode ser cúmplice das más estratégias do Governo, quando já todos temos informação suficiente e exemplos de outros países onde se consegue, de forma mais eficaz, diminuir a progressão da COVID 19, diminuir o número de pessoas internadas, diminuir o número de mortes, evitar a rutura dos Serviços de saúde e criar as condições mais adequadas à segurança e confiança dos cidadãos. 

A realização de testes massivos à população que uns podem considerar desperdício, para o PSD (e para muitos especialistas e governos de outros países) é uma medida que já deu provas que é mais eficaz para diminuir os contágios, diminuir o número de internados e, principalmente, diminuir o número de mortes. 

Os benefícios que se alcançam permitem diminuir os custos financeiros e humanos do Sistema Nacional de Saúde, evitar o colapso da capacidade de resposta dos hospitais, controlar a evolução da pandemia, obter dados que permitem antecipar o levantamento das medidas mais extremas de confinamento que tanto prejuízo vêm causando à economia e ao bem-estar dos cidadãos. 

Sabemos que há custos e os recursos não são ilimitados, mas, os resultados que se alcançaram com a estratégia da Dinamarca já demonstraram que os benefícios obtidos, com a diminuição do número de doentes e infetados, superam, em muito, os custos inerentes à realização dos testes. 

Testes para todos, mobilizando os serviços de saúde públicos, social e privados, as autarquias, ao nível das freguesias, é a medida que o PSD Lisboa defende que deve ser adotada o mais rapidamente possível. 


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