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Presidente da República recusa fazer futurologia sobre economia

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não quis comentar, esta terça-feira, o referencial de 2% para os aumentos da função pública avançado pelo Governo, relembrando que ainda não é conhecido o cenário macroeconómico relativo ao próximo ano.

“Essa é uma matéria do orçamento do ano que vem. (…) Isso vai ser discutido no parlamento, veremos as contas. Ainda não temos uma coisa muito importante que é o cenário macroeconómico. Portugal tem de dar a Bruxelas as suas perspetivas sobre a evolução do crescimento, da inflação, das várias componentes do crescimento, do défice, para depois explicar ‘olhe, eu aumento isto mais ou menos porque as perspetivas são estas'”, salientou.

O chefe de Estado falava na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, onde assistiu à apresentação do livro “Orgulhosamente Sós, A Diplomacia da Guerra 1962-1974”, do atual embaixador português em Marrocos, Bernardo Futscher Pereira.

Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre a entrevista do primeiro-ministro à TVI/CNN Portugal na segunda-feira na qual declarou que o Governo está a trabalhar com um referencial de inflação em 2022 de 7,4%, embora rejeitando um aumento dos salários da administração pública da mesma proporção.

António Costa admitiu que o referencial para os aumentos será de 2%, em linha de conta com o que a União Europeia toma como ideal para não provocar uma espiral inflacionista, mas também terão em conta “a produtividade e o objetivo de aumentar o peso dos salários no produto”.

Questionado sobre se esta é uma base baixa, o Presidente disse apenas: “Vamos ver qual é a previsão. A previsão do governo é de que o ano que vem é que é um ano mau? E o crescimento vai ser muito baixo e a inflação continua muito alta? É uma coisa. O crescimento não é tão baixo, a inflação vai baixando, é outra coisa. Vamos esperar”.

O chefe de Estado acredita que essas previsões do Governo serão apresentadas brevemente porque o próximo orçamento será entregue em outubro.

“E em função disso acho que se fará o debate no parlamento sobre aquilo que o Governo prevê que é a evolução para o ano que vem, crescimento, inflação, défice, o que vai acontecer nas várias despesas: na saúde, na educação, no funcionalismo público e também quanto ao peso dos juros da dívida pública”, salientou.


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