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Presidente da Assembleia da República preocupado com o populismo

O presidente da Assembleia da República advertiu hoje os deputados socialistas para a necessidade atenção especial a eleitores do PS, a cidadãos inseguros e jovens que podem ser “presa fácil” de populismos.

O recado foi transmitido por Augusto Santos Silva nas Jornadas Parlamentares do PS, na Batalha, distrito de Leiria, num breve discurso em que destacou três grupos sociais e em que também visou de forma indireta os partidos democráticos à direita dos socialistas.

“Devemos ter em especial atenção as circunstâncias vividas hoje por nossos concidadãos que trabalham, mas vivem perto do limiar da pobreza, sentem insegurança nos seus bairros, nos seus empregos e sentem insegurança no ambiente geral de conflitualidade e guerra. Por isso mesmo, podem ser presa fácil de demagogias e de populismos”, observou.

Depois, deixou a seguinte mensagem aos deputados do PS, frisando que têm de ser mesmo os socialistas a travarem esse combate contra o populismo.

“Quem quer que olhe para o que se passou neste domingo na Suécia ou para o que se está passando na Itália sabe que só a esquerda democrática consegue fazer esse debate. Quem ficar à espera da direita para combater os populismos e os extremismos pode bem esperar sentado”, declarou, recebendo então muitas palmas.

Para o presidente da Assembleia da República, esse combate contra os extremismos “faz-se na confrontação sem medo com as ideias e os protagonistas das ideias demagógicas e extremistas, mas com a plena compreensão das dificuldades por que passa um número relevante de portugueses e por encontrar as respostas certas a angústias e problemas que não podem ser ignorados”.

De acordo com o ex-ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, um dos grupos que o PS não deve nunca esquecer na sua ação política é o do seu próprio eleitorado.

“Não podemos nunca esquecer a nossa própria base eleitoral política e social. Somos os representantes das classes populares e médias em todo o território nacional. Essas classes e grupos querem um Portugal bem integrado na Europa, um país democrático, livre, inclusivo, que acolhe bem os estrangeiros e querem um Governo moderado”, advogou.

Na perspetiva do presidente da Assembleia da República, os socialistas e o Governo devem dar igualmente uma atenção particular aos mais jovens.

“Estamos a fazer muito por isso no campo de políticas públicas, mas devemos continuar a fazer isso e a fazer cada vez mais. Essas jovens famílias das classes médias portugueses que, por circunstâncias, estão ligadas ao mercado de arrendamento, à competitividade das empresas portuguesas, às relações de trabalho em Portugal, estão hoje numa posição de bastante vulnerabilidade”, advertiu o “número dois” da hierarquia do Estado.

Ora, de acordo com Augusto Santos Silva, “só o PS e o Governo conseguem dar respostas positivas e de futuro às jovens famílias das classes médias”.

“Não percam tempo com aquilo que não merece que nós ocupemos o nosso tempo”, acrescento, dirigindo-se em estilo de recomendação aos seus colegas deputados do PS.


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