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Portugal vais destruir mais de 3 milhões de vacinas contra a Covid-19 que estão fora do prazo

Vão ser destruídas 3.4 milhões de doses contra a Covid-19 devido ao término do prazo de validade compreendido entre seis e nove meses e que termina no final do ano. Esta é uma consequência de Portugal ter comprado um número superior de vacinas ao que era inicialmente previsto.

“Foi uma razão estratégica de manter as reservas das vacinas, para garantir que em qualquer evolução, nós tenhamos vacinas para dar às pessoas. Essa decisão estratégica tem um custo, como estas vacinas têm um prazo de validade muito curto, pode acontecer que nem todas as vacinas possam ser utilizadas”, afirmou o Coronel Carlos Gonçalves, do Núcleo de apoio ao Ministério da Saúde em entrevista à RTP.

A Agência Europeia do Medicamento poderá alargar o prazo de algumas vacinas, e de acordo com a Task-force, a inutilização deste número avultado de vacinas nada tem haver com a falta de adesão da população.

“Para esta campanha sazonal de outono/inverno, temos cerca de 2.7 milhões de vacinas administradas até à data, o que é cerca de 60% da taxa de vacinação, estando dentro do que é preconizado para os 100 dias de vacinação”, explica o Major João Roseiro, do Núcleo de apoio ao Ministério da Saúde.

Das vacinas remanescentes, Portugal doou mais de 8 milhões de doses e revendeu cerca de 2.6 milhões. Foram administradas 26.5 milhões de doses de um total de 38.5 milhões de doses compradas pelo Governo.

“Neste momento temos cerca de 2.1 milhões de doses da vacina da Pfizer, e cerca de 1.6 milhões da vacina Moderna. Não temos previsão para a chegada de mais vacinas”, declarou Rui Rodrigues, dos Serviços de Utilização Comum dos Hospitais.

“Tentou-se garantir que, independentemente do número de doses e o número de reforços que fossem planeados, nós teríamos vacinas para dar a todas as pessoas que quisessem ser vacinadas”, acrescenta Carlos Gonçalves.

O grupo de vacinação está agora a planear uma nova campanha, a do processo de vacinação das crianças que está previsto começar no próximo sábado, 17 de dezembro. São cerca de 1500 crianças com doenças de risco que podem receber mais uma dose de reforço.

Futuramente, chegarão também as vacinas de origem proteica para as pessoas que fizeram reações alérgicas às vacinas da Pfizer e da Moderna.


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