Crime

Polícias apanhados nas redes sociais com comentários racistas, xenófobos e homofóbicos

Perto de 600 operacionais da GNR e da PSP foram apanhados a praticar crimes de ódio nas redes sociais. Os agentes integram a base de dados do Consórcio de Jornalistas de Investigação portugueses, a que o Setenta e Quatro, a SIC e o Expresso tiveram acesso, sendo agora revelados pormenores assustadores numa reportagem que pode ser consultada aqui.

“Comportamentos contrários ao Estado de Direito, apelos à violência e à violação de mulheres, comentários racistas, xenófobos, misóginos e homofóbicos, simpatia pelo Chega e por outros movimentos de extrema-direita e saudosismo salazarista. Estivemos no Facebook dos profissionais das forças de segurança”, escrevem os autores da investigação jornalística.

Segundo a investigação, estes agentes (foram detectados 591) “estão no activo e agem online, a maioria assume o próprio nome. Pedem uma limpeza selectiva, escrevem nas caixas de comentários que há “tanta gente para abater, insultam o Presidente da República, o primeiro-ministro e vários líderes partidários”. Mais: “Oferecem tiros, prometem mutilar pessoas, descrevem com detalhes sórdidos a violação sexual de uma jornalista. Chamam “raça indesejável” aos ciganos. E assumem-se como racistas”.

Entretanto, a PSP garantiu que vai participar o caso às autoridades judiciais. “As atitudes denunciadas não caracterizam o universo dos polícias da PSP. A melhor forma de combater as condenáveis tendências e desvios racistas, xenófobos ou incitadores do ódio é actuar e responsabilizar os seus autores e não formular generalizações que afectem negativamente a imagem e a reputação de uma Instituição e dos seus polícias”, refere a autoridade.


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