Almada

Plataforma ‘Stop Despejos’ organiza protestos contra demolições no Bairro do 2.º Torrão

A Plataforma ‘Stop Despejos’ marcou uma manifestação no Jardim da Cova da Piedade, frente ao gabinete da presidente da Câmara Municipal de Almada, para esta quinta-feira, a partir das 15h00, em protesto pelos despejos no Bairro do 2.º Torrão, na Trafaria.

«A intervenção atabalhoada e caótica da CMA está a deixar os moradores reféns de soluções inadequadas e precárias e exclusões injustificadas» refere o comunicado da Plataforma, que classifica como «operação bárbara e brutal» a demolição levada a cabo pela autarquia.

«Demoliu, no espaço de menos de uma semana, mais de 80 casas, deixando muitas pessoas sem teto. Os números diferem conforme as fontes, não há um levantamento sério e atualizado das pessoas envolvidas, já houve inclusivamente enganos.»

A Plataforma critica «a justificação dada pela Presidente da CMA para esta brutalidade seria a necessidade urgente de proteção dos moradores cujas habitações correriam risco por se situarem sobre uma vala de drenagem em risco de derrocada. E, diz ainda, toda a gente teria acesso a uma solução de habitação digna».

E contrapõe que «ao contrário do que o município declara, os relatos de habitantes e associações locais testemunham condições de realojamento altamente precárias e visivelmente insustentáveis a longo prazo», enumerando que «muitas famílias foram obrigadas a aceitar soluções de realojamento fora do concelho, longe do trabalho, das escolas, das suas redes sociais de apoio; algumas foram colocadas no parque de campismo de Monsanto e outras ainda em instituições onde têm horas de entrada e de saída, e os telemóveis são retirados à noite».

Acusam ainda que «algumas famílias ainda foram excluídas do acesso a apoio, com base em acusações vagas de “terem chegado tarde” ou de “não apresentarem papéis suficientes”» e também que «durante a semana de demolições bárbaras, as associações locais conseguiram registar pelo menos 7 famílias que ficaram sem qualquer solução habitacional. Pessoas assim deslocadas e brutalmente retiradas da sua rotina, agora faltam ao trabalho ou à escola, acumulando problemas pelos quais serão depois penalizadas».

Outra das criticas é dirigida à utilização do projecto ‘Porta de Entrada’, «desenhado para catástrofes naturais, em situações de desalojamento provocadas por uma câmara municipal.

O que seria bom se não estivesse a servir para classificar de urgente, e portanto a legitimar soluções encontradas à pressa, indefensáveis quando houve tempo suficiente para que a câmara promovesse verdadeiras soluções de habitação adequada.»


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