Crime
Em Destaque

PJ sem provas que Clóvis Abreu possa ser culpado da morte do agente da PSP

Fábio Guerra o agente da PSP que morreu na madrugada do dia 20 à porta de uma discoteca em Lisboa, foi alvo de um soco e quatro pontapés quando já se encontrava no chão. Nenhuma dessas agressões dada pelo fugitivo Clóvis Abreu.

Dois detidos no Estabelecimento Prisional Militar de Tomar é o que a investigação da Polícia Judiciária (PJ) fez até ao momento, já passaram duas semanas depois da morte do agente da PSP Fábio Guerra, que foi morto à porta da discoteca Mome, em Lisboa. Os detidos são dois fuzileiros que ficaram detidos no domingo na Base Naval do Alfeite, em Almada, sob ordem do Almirante Gouveia e Melo.

Em tribunal, os dois fuzileiros [Cláudio Coimbra e Vadym Hrynko] apontaram para um único culpado, Clóvis Abreu, um civil que terá fugido para Espanha, por este ter familiares em Madrid e Sevilha. As autoridades portuguesas emitiram um mandado de captura internacional e quatro dias depois dos acontecimentos, a Polícia Nacional espanhola difundia a informação do suspeito nas redes sociais com um alerta <<este homem é suspeito do assassínio de um polícia em Lisboa>>.

Segundo o Expresso, existem duas fontes ligadas à investigação que garantem que a PJ não tem, até ao momento, indícios que possam colocar Clóvis Abreu no crime de homicídio a Fábio Guerra. “É suspeito de ofensas corporais qualificadas, por agredir alguns agentes da PSP à porta do Mome, mas não há nada que o ligue à morte de Fábio Guerra”, diz fonte judicial ao jornal.

Outra fonte próxima do processo diz que as imagens recolhidas por uma câmara de um prédio vizinho ao da discoteca Mome, não são visíveis quaisquer agressões de Clóvis a Fábio, é explicito que Vadym terá sido o primeiro a agredir o PSP com um soco que o terá deixado insconsciente e o levou ao chão, onde o agente foi pontapeado quatro vezes, uma por Vadym e três por Cláudio Coimbra.

O tribunal está a aguardar pelos resultados da autópsia que são fundamentais ao processo, permitindo perceber qual dos golpes acabou por provocar a morte de Fábio Guerra, de 24 anos. O que o juiz ficou a saber é que o jovem agente interveio para a ordem pública, depois de tentar separar uma briga entre os dois fuzileiros e um terceiro elemento que atacou Cláudio Coimbra à saída do espaço noturno. Os dois fuzileiros disseram ainda ao juiz Carlos Alexandre, que as agressões mais pesadas foram as de Clóvis Abreu que atacou com um pontapé na zona da cabeça e com uma pedra, isto depois de saber que eram polícias, o que não terá convencido o juiz que decretou prisão preventiva aos dois jovens militares.

Fábio Guerra foi socorrido e transportado de urgência para o Hospital de São José, a equipa de banco desse dia, analisou e fez um diagnóstico grave à vítima: tratava-se de um jovem com um politraumatismo múltiplo e severo, o pior estaria localizado na zona do crânio.

A fratura na zona da cabeça era bem visível e preocupante. Tendo sido transferido para a Unidade de Neurocríticos daquele hospital. Fábio estava visivelmente maltratado, segundo fonte hospitalar o jovem teria a cabeça aberta e ferimentos de uma pedra, relato esse que o Expresso avança que fonte próxima da investigação diz ter negado esse facto.

Depois do juiz Carlos Alexandre alegar que a prisão preventiva para os militares seria porque havia perigo de perturbação do inquérito e da ordem pública e também do perigo de continuação de atividade criminosa, os advogados de Vadym Hrynko e de Cláudio Coimbra vão recorrer da medida de coação e pedir para que os arguidos sejam colocados em prisão domiciliária até ao desfecho da investigação.

Já Clóvis Abreu, o terceiro suspeito continua fugido às autoridades portuguesas.


ÚLTIMA HORA! O seu Diário do Distrito acabou de chegar com um canal no whatsapp
Sabia que o Diário do Distrito também já está no Telegram? Subscreva o canal.
Já viu os nossos novos vídeos/reportagens em parceria com a CNN no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!
Siga-nos na nossa página no Facebook! Veja os diretos que realizamos no seu distrito

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *