Economia

Pirataria | Crime de partilha de jornais ilegal prejudica imprensa em até 61 milhões

Um estudo feito pela OberCom (Observatório da Comunicação), de julho de 2022, analisou que, no que respeita à distribuição ilegal pelos meios de partilha de mensagens, como o WhatsApp, ou o Telegram, pode custar à imprensa valores entre os 33 e os 61 milhões de euros, por ano.

O valor estimado, intermédio, pelo observatório é de 43 milhões e ultrapassa em 3 milhões o da Visapress (Gestão de Conteúdos de Media). Foram considerados 3 cenários distintos durante o processo. Para o Estado, no que respeita ao IVA, na análise destes 3 cenários, há uma perda de entre 2 e 3,6 milhões de euros de valor não coletado. Este estudo, “Distribuição digital não autorizada de jornais em Portugal. Dados, impactos e perspetivas: os de WhatsApp e Telegram” foi coordenado por Gustavo Cardoso e Vania Baldi.

No estudo, pode ler-se que, em Espanha, cerca de “25% dos utilizadores” acedem à informação dos jornais ilegalmente, cenário que tem “uma aproximação plausível” do caso português. Consta ainda a informação de que 1 em cada 10 portugueses “recebe e lê jornais ou revistas no WhatsApp, em formato PDF”, reencaminhando, depois, este conteúdo recebido.

Neste relatório da OberCom, observa-se que, da percentagem que lê os PDF, apenas “1% a 2%” avançam para o pagamento da versão online do jornal, ou seja, a venda física não é substituída pelas subscrições.  

Canais como Telegram foram encerrados, mas retomaram atividade passado pouco tempo, com pequenas alterações que permitem surgir de modo “diferente” –com o mesmo nome, mas com imagem diferente, ou o contrário.  

Os investigadores do estudo concluem que “existe um nível diversificado de profissionalização na forma como é efetuada a distribuição não autorizada dos PDF”, ficando “dúvidas sobre a forma como estes grupos monetizam a partilha”, colocando-se entre as hipóteses o reconhecimento como hackers ou o ideal da imprensa e informação “grátis”, mas o aparecimento de fontes de pagamentos não se exclui.


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