Atualidade

Petição quer obrigatoriedade de desfibrilhadores em recintos desportivos

A morte de mais um atleta num recinto desportivo chocou o país, mas lança também o alerta para o facto de que nem todos os locais onde se pratica desporto estarem habilitados com Desfibrilhadores Automáticos Externos (DAE), que em caso de paragens respiratórias, podem salvar vidas.

A legislação apenas obriga recintos desportivos com lotação superior a 5000 pessoas a ter esse equipamento, sendo que em Portugal são poucos os equipamentos com essa lotação.

Por esse motivo foi criada a petição «Desfibrilhador Automático Externo (DAE) obrigatório em TODOS recintos desportivos», elaborada por um árbitro desportivo.

A petição, que pretende ser entregue na Assembleia da República, conta com 114 assinaturas e está disponível neste link.

«Esta petição surge numa altura em que continuamos a ser assolados no mundo do Desporto com perdas de agentes envolvidos nas mais diversas modalidades, que choramos, mas que continuamos sem saber honrar na medida em que pouco fazemos do seu exemplo para tentarmos melhorar» refere o texto da petição.

«Enquanto no caso do jogador de futebol do Alverca estavam presentes dois dispositivos, denominados Desfibrilhador Automático Externo (DAE), que permitiram levar o atleta até ao hospital para continuar a lutar pela sua vida já em muitos outros casos o mesmo não se pode afirmar.

Ontem em Paços de Ferreira mais um caso, mais um atleta, desta vez de basquetebol que perdeu a vida no pavilhão enquanto todas as pessoas faziam o máximo para o manter cá mas que não estavam munidas de um aparelho que lhes teria sido tão útil nesta batalha.»

O autor da petição refere ainda que «poderia enumerar mais casos pois desde que estou ligado ao desporto, infelizmente noticias destas vão pontualmente acontecendo, mas o que me traz aqui hoje não é chorar sobre o leite derramado».

Para evitar mais situações semelhantes, o peticionário tenta que «algo se faça para que possamos combater de forma mais justa e mais eficaz este tipo de acontecimentos» e relembra que «enquanto noutros países da Europa a presença de um dispositivo de DAE é OBRIGATÓRIA em recintos desportivos, cá continua a vigorar uma lei em que a presença destes dispositivo é apenas obrigatória em ‘d) Recintos desportivos, de lazer e de recreio com lotação superior a 5000 pessoas’, sendo que a grande maioria dos eventos desportivos realizados em Portugal se realizam em pavilhões com lotações baixas mas onde o risco destes acontecimentos prevalece altíssimo.»

Além deste aspecto, a petição alerta ainda para «outro ponto importantíssimo deve ser o da verificação da aplicabilidade desta lei para que não existam incumpridores

A presença de um Desfibrilhador Automático Externo nos recintos desportivos deve ser OBRIGATÓRIA e urge que se reúnam esforços e se criem leis nesse sentido e se verifique a sua aplicabilidade.»

O suporte básico de vida (SBV) e a desfibrilhação nos primeiros 3-5 minutos após o colapso cardíaco podem resultar em taxas de sobrevivência elevadas, até 49-75%. Cada minuto de atraso antes da desfibrilhação reduz a probabilidade de sobrevivência.

«Vamos continuar a ignorar? A ver vidas perdidas sem esforço? Vamos continuar a ser cúmplices? OU vamos investir o nosso tempo, a nossa força e o amor que nos une pelo desporto para tentar ajudar nesta luta?».


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