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PCP não estará presente no discurso de Zelensky no Parlamento

O PCP acaba de anunciar que não irá estar presente na Assembleia da República durante o discurso de Volodomir Zelensky amanhã no Parlamento, conforme anunciou a deputada Paula Santos, num documento que leu onde acusa a audição a Zelensky como uma «instrumentalização».

“Consideramos que o caminho não pode ser a promoção da guerra” referiu a deputada. “E este caminho deve ser o que Portugal promova, com uma negociação entre todas as partes e não uma corrida ao armamento, precisamente o contrário daquilo que está a ser feito.”

O documento lido pela deputada acusa ainda o governo de Zelensky de ser «xenófobo e belicista», além de promover o nazismo e de proibir partidos políticos no Parlamento ucraniano, bem como de ser responsável crimes diversos.

A todas as questões sobre o posicionamento do PCP relativamente à invasão russa, Paula Santos respondeu sempre com um «é necessário promover uma solução pela paz».

A declaração do PCP considera que «o convite a Volodimir Zelenski para intervir no Plenário da Assembleia da República, à margem dos critérios institucionais estabelecidos, constitui-se como um acto de instrumentalização de um órgão de soberania, orientado não para contribuir para um caminho de diálogo que promova o cessar fogo e uma solução negociada do conflito, mas para animar a escalada da guerra e da confrontação política, económica e militar em curso que comporta riscos imensos para o mundo.»

E considera que esta sessão da Assembleia da República foi «concebida para dar palco à instigação da escalada da guerra, contrária à construção do caminho para a paz, com a participação de alguém, como Volodimir Zelenski, que personifica um poder xenófobo e belicista, rodeado e sustentado por forças de cariz fascista e neonazi, incluindo de carácter para-militar, de que o chamado Batalhão Azov é exemplo, a quem Zelenski deu palco na recente sessão no Parlamento grego.»

Para o PCP «este é poder que desde há oito anos ataca e massacra a própria população ucraniana na região do Donbass e persegue e elimina quem se lhe opõe, como se verificou com o massacre de 2 de Maio de 2014, na Casa dos Sindicatos, em Odessa, em que cerca de 42 pessoas foram assassinadas, muitas das quais queimadas vivas, por forças neonazis associadas ao poder ucraniano.

Um poder que, na sequência do golpe de 2014, discrimina os seus cidadãos com base na sua cultura e língua, ataca o direito de opinião, promove a perseguição política – de que é exemplo recente a prisão de dirigentes da juventude comunista –, encetou um processo de ilegalização do Partido Comunista da Ucrânia e reprime outras forças democráticas e anti-fascistas, como sucedeu agora com a suspensão da actividade de 11 forças políticas, entre as quais partidos com representação parlamentar, por terem uma posição diferente. Um poder que ao mesmo tempo enaltece os colaboracionistas das SS nazis na Segunda Guerra Mundial e branqueia as suas atrocidades cometidas contra as populações da Ucrânia e da Polónia.»


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