Palmela

Palmela | Os “teimosos” burros de Pedro Lima

Esta reportagem podia ter como personagem principal o dono destes animais, mas não. Nesta história, os protagonistas são os burros do Pedro Lima, que moram no concelho de Palmela.

O dono, Pedro, tem várias formações, mas foi o seu projeto “Histórias à Mesa”, que decorria nos Moinhos da Serra do Louro até ao incêndio, que realça como uma “recuperação” e uma iniciativa sua.

Os burrinhos, há já alguns anos, de seus nomes Mimoso e Gabriela, chegaram com o propósito de fazer a “limpeza do terreno” e “algumas burricadas”. Entretanto, nasceram mais três burrinhos, os filhos do casal – Azeitona, Amora e um mais pequenino, o Figo. A mãe está novamente prenha, pelo que, no espaço de semanas, deverá nascer o mais pequeno membro da família.

Eles estão em sítios diferentes, sendo que o Jornal Concelho de Palmela apenas viu a mãe, Gabriela, e a filha, Azeitona. O Mimoso e a Amora estavam nos Moinhos, mas foram deslocados para as cabanas, depois do desastre de dia 13 de julho (o incêndio). Estes animais, por funcionarem como uma “sociedade” estão sempre “acompanhados” uns pelos outros.    

Apesar da drástica diminuição desta espécie nos últimos, aproximadamente, 50 anos, o concelho de Palmela ainda tem “bastantes”, sendo que a esperança média de vida dos animais é de cerca de 20 anos, mas, quando não são “muito forçados” em trabalho, podem chegar aos 40. O mais velho é o Mimoso, que tem quase 10 anos, a mãe, Gabriela, tem 6. A filha mais velha, Amora, tem 3 anos, a Azeitona apenas 2 e o Figo, o mais novo até ao momento, tem 2 meses. Os burros alentejanos são os que apresentam maior “perigo de extinção”.

Os burros de Pedro são de origem alentejana e mirandesa, que se distingue nas “cores e no tipo de pelo”. Os filhos de Mimoso e Gabriela são uma mistura de ambas as espécies.

Pedro partilha também que os burros “criam memórias” e “ligações”, com um “bom raciocínio”, equiparando-os a um cão. Considera serem uma “atração turística” que cria muita “empatia” com quem os vislumbra e com quem interagem. O dono revela ainda a curiosidade, pelo convívio que tem com os animais, que os burros não são “burros”, são até “bastante inteligentes” e mais que isso – são “muito teimosos”.

O “asno”, nome técnico dado ao Equus africanus asinus, remete-nos para o tempo da pré-história, onde, desde aí, foram usados como animal de carga. A sua origem estará na Abissínia e sempre estiveram ligados os meios rurais, no auxílio das tarefas agrícolas e no transporte.


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