DestaqueDistrito de SetúbalPalmela

Autarquia de Palmela mostra-se “duplamente surpreendida” com reportagem sobre incêndio

Uma reportagem, emitida pelo canal televisivo TVI a 6 de setembro e posteriormente colocada online com o título “Vamos tornar Palmela verde de novo”: privados e voluntários limpam zona após incêndio”, levou a Câmara Municipal de Palmela a emitir um comunicado onde se diz “duplamente surpreendida” com a peça que saiu para o ar.

A primeira razão apontada pela autarquia, centra-se na “profunda injustiça e desinformação patentes nas declarações e reportagem” e no facto de, no final da peça, ser afirmado que o município não respondeu ao pedido de esclarecimento, “quando não foram utilizados os canais de comunicação específicos e habituais (…) não permitindo uma resposta em tempo útil”, alegando a edilidade que a informação que chegou “durante a tarde não foi utilizada para atualizar a história e repor a verdade”.

O município relembra a possibilidade de consulta documental no site oficial e que, “a menos de um quilómetro do local de reportagem”, decorriam “trabalhos de limpeza e remoção de árvores ardidas, em curso há vários dias”, relembrando ainda a autarquia que “até ao momento”, foram investidos “mais de 210 mil euros em ações no terreno e apoios diversos às pessoas afetadas”, nomeadamente no que respeita à limpeza, reabilitação e remoção de destroços.

Contactados pelo Diário do Distrito, o ICNF confirmou a afirmação da jornalista que deu voz à reportagem: “na área ardida do incêndio do Parque Natural da Arrábida não existem terrenos sob gestão do ICNF. Mais se informa que, tratando-se de um incêndio rural com área ardida inferior a 500 hectares, a responsabilidade da avaliação da necessidade de implementação de medidas de recuperação das áreas ardidas recai sobre os municípios abrangidos, de acordo com o Decreto-Lei n.º 82/2021, de 13 de outubro”.

O ICNF reuniu com a população, juntamente com o município, para “apresentaram o ponto de situação sobre o trabalho desenvolvido e a programação do futuro” e informando os presentes que “o plano de recuperação da paisagem e da área ardida” será concretizado a “médio/longo prazo, para aguardar e respeitar a capacidade de regeneração natural das árvores e dos ecossistemas e para escolher as espécies e fases mais adequadas de plantação”, assim como os trabalhos de limpeza que decorrem.

Nessa mesma reunião, foi revelado que a Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA) “disponibiliza espécies autóctones para ajudar a reflorestar a Arrábida”, que, “em conjunto com outras ofertas” somam “mais de um milhar as árvores disponíveis para as ações já programadas e a realizar com a sociedade civil”, que só podem decorrer “a partir de novembro, período adequado à plantação, em termos climáticos e de condições do solo”

O Município reitera as ações decorrentes até ao momento, com várias iniciativas, projetos e processos, bem como contactos recorrentes com entidades competentes e da tutela, para conseguir colmatar e auxiliar todos os munícipes afetados pelo incêndio de 13 de julho.


ÚLTIMA HORA! O seu Diário do Distrito acabou de chegar com um canal no whatsapp
Sabia que o Diário do Distrito também já está no Telegram? Subscreva o canal.
Já viu os nossos novos vídeos/reportagens em parceria com a CNN no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!
Siga-nos na nossa página no Facebook! Veja os diretos que realizamos no seu distrito

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *