Uma página de homenagem foi criada para quem pretenda deixar uma última palavra à família de Lena Cabrita, proprietária de uma pastelaria na Cruz de Pau, Amora, que foi ontem assassinada pelo ex-genro.
Na página pode ler-se um desabafo sobre o drama que a ex-mulher do homicida viveu nos últimos anos:
«Mais uma vez não “estivemos à altura” destas doenças.
A rapariga fez tudo como devia: apresentou queixa por violência doméstica, recorreu ao tribunal de menores para regular a partilha da menina e afastou-se do agressor, tudo como manda a lei. Voltou a ser perseguida e ameaçada e relatou novamente às autoridades o que estava a suceder.
Ninguém ajudou esta miúda nem o agressor que deveria ter tido uma análise psicológica muito séria. O processo foi-se arrastando desde 2017 nos tribunais e o estado mental do agressor piorou a cada dia até ao desenrolar da tragédia.
Há culpados? Claro que sim, somos todos nós que deixamos meia dúzia de “iluminados” gerir os nossos destinos, uns “fazedores de leis” a granel, outros gestores dessas mesmas leis que, já se percebeu, não protegem coisa nenhuma. O tempo que estes processos demoram nos tribunais, sabendo-se que há desequilíbrios mentais gravíssimos, é meio caminho andado para a tragédia!
E agora esta rapariga, num estado perfeitamente desequilibrado se, de repente, encontrar o juízo e perder a cabeça, o que lhe acontece? Vai presa, pois tá claro e arruma-se a questão…»
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