Opinião

Os Estacionamentos Condicionados no Montijo

Uma crónica de Virgilio Oliveira.

O desenvolvimento urbano da cidade de Montijo tem colocado uma série de problemas ao sistema de trânsito local, o que tem vindo a obrigar assim, a um continuado estudo exaustivo da situação existente .

O ordenamento do trânsito tem-se revelado como uma tarefa prioritária, com vista ao desenvolvimento harmonioso da vida do quotidiano. A complexidade do sistema urbano de transportes, circulação e estacionamento justifica o desenvolvimento de medidas integradas e articuladas, de modo a perspectivar-se um modelo sustentável e coerente para o futuro da cidade de Montijo.

Neste contexto, tem-se vindo a verificar , ocasionalmente, a necessidade de implantar algumas zonas de estacionamentos condicionados , quando justificadas, para fins específicos .

Desta forma pretende-se promover uma clara definição do fluxo de tráfego urbano, cujo objectivo visa permitir, não só uma menor perda de tempo em circulação rodoviária, mas também diminuir alguns impactos negativos ao nível de fluidez, principalmente .

A implantação de bolsas de estacionamento na via pública, na cidade de Montijo tem vindo a ser feita de uma forma progressiva, adequada e tendo também em atenção a necessidade da eventual adaptação das frotas dos seus potenciais utilizadores . A reserva de lugares de estacionamento condicionados, poderão entre outros fins servir para : cargas e descargas ; deficientes ; estabelecimentos de saúde e afins ; infantários …etc.

No entanto , e apesar de todos ou alguns cuidados, não raro é ouvirem-se queixas sobre o tráfego na cidade que em algumas vezes é caótico. Que não há fluidez e que muitas das vezes o trânsito pára mesmo, há assim esperas, motivado por cargas e/ou descargas indiferenciadas , em plena faixa de rodagem, assim como para a tomada e/ou largada de passageiros e até por outros diversos motivos , nas mais variadas vias da cidade.

Ora são os veículos de distribuição do gás, ora os do transporte de doentes e mesmo até , os veículos para cargas e ou descargas , na serventia dos espaços

comerciais , ora as idas ás escolas e creches , entre outras causas.

Mentiria se dissesse que assim não é. Mas afinal qual a razão deste tipo de ocorrências se na verdade existem espaços próprios , bem delineados , para ; quer cargas e/ou descargas , quer mesmo para serviços como sejam a de tomada e/ou largada de

passageiros e mesmo para outros fins específicos ?

O que parece-me estar a acontecer, na verdade, é que os estacionamentos condicionados e consignados para os serviços diversos , como os acima referenciados, não estão, ou melhor, não podem ser rentabilizados, o que equivale a dizer , utilizados, porque muito simplesmente e perante alguma passividade da entidade fiscalizadora têm vindo a permitir que esses espaços venham a ser, sistematicamente, ocupados abusivamente e por tempos prolongados . Há mesmo quem tenha solicitado este tipo de estacionamento para cargas e descargas e permaneça no mesmo quase que em modo permanente, completamente sem serviço , como se aquele espaço fosse exclusivamente seu .

Tenha-se contudo em atenção que o estacionamento não corresponde apenas à fase imóvel do veículo mas e também à parte móvel que o antecede e que tem início no momento em que o condutor decide estacionar ( deter a marcha ) , até ao momento em que sai da fase imóvel. Neste conceito de processo de estacionamento podem distinguir-se três fases essenciais : entradas ( se em recortes ou demarcações ), permanências e saídas . Esta é pois a variável que determina o tempo de interrupção da via se o estacionamento ocorre, na faixa de rodagem .

Ora se um determinado veículo, por exemplo , no final da Rua Bulhão Pato , desejar fazer uma carga e/ou descarga e o lugar que existe reservado para esse efeito estiver ocupado – abusivamente – esse mesmo veículo vê-se na imin

ê

ncia de estacionar em plena faixa de rodagem para fazer o serviço, originando, obviamente que todo o trânsito que o precede tenha de parar, em espera !

Há mesmo o flagrante caso de outra ocupação abusiva de um dos estacionamentos condicionados existente na Avenida João de Deus que está muitas das vezes ocupado o que origina que os veículos de transporte de doentes tenham de parar em plena faixa de rodagem para a entrada e ou saída das pessoas e o trânsito se veja obrigado a parar na própria faixa de rodagem, com todos os transtornos dai inerentes .

Cito apenas estes dois exemplos , entre tantos outros que aqui poderiam ser abordados , mas estes espelham bem aquilo que se passa na cidade , em matéria de ocupação indevida e logo abusiva … dos Estacionamentos Condicionados .


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