Editorial

Os esquecidos dos autarcas!

Será que é assim em todas as regiões?

Estamos a menos de um ano das próximas autárquicas e as populações continuam a sofrer na pele a falta de visão de alguns autarcas que se preparam agora para vão voltar aos mesmos locais para apelar ao voto.

Decorria o ano de 2017 quando todos os cabeças de lista por Palmela percorreram as populações rurais, mas o mais engraçado disto tudo é que nenhum desses candidatos conseguiu colocar-se em caravana e percorrer os vários quilómetros de estradas de terra batida para visitar e até mesmo para apelar ao voto.

Na zona rural mais a nascente de Pinhal Novo, os candidatos optaram, todos, por percorrer as estradas de alcatrão, esquecendo toda a população que reside mais no interior e que é servida em pleno século XXI por estradas de terra batida.

E temos ainda que desde de março até aos dias de hoje, em plena pandemia, não houve um único autarca que se dignasse a visitar essas populações para saber se precisavam de produtos de proteção, como aconteceu em várias outras partes do concelho de Palmela.

Por vezes dou comigo a pensar, será que a população do concelho não é toda igual? Será que os senhores autarcas só se lembram dessa mesma população apenas de quatro em quatro anos?

Em tempos um autarca disse-me – depois de eu me queixar sobre as condições em  que se encontravam os aceiros – “se queres condições melhores, o que tens a fazer é mudares-te para o Pinhal Novo, aqui não tens pó, não tens caminhos de terra batida e até tens passeios”, fiquei a olhar para esse dirigente com responsabilidades acrescidas e a pensar: “Será que eu ouvi mesmo o que ouvi?”.

As pessoas do campo, são pessoas, não são seres de outro mundo, pagam os mesmos impostos que pagam os cidadãos da sede do concelho, das freguesias de Pinhal Novo, Quinta do Anjo ou mesmo da União de Freguesias de Poceirão e Marateca.

Acho que é hora de começar a gritar por uma democracia de igualdade, pois a democracia não deve nunca ficar de fora das paredes seculares da sede do concelho.

Quem opta por morar no campo, terá que ter as mesmas condições de quem opta por morar nos centros urbanos.

Certamente que o grande cartão vermelho será mostrado em outubro de 2021, mas isto claro, se todos os cidadãos conseguirem pensar por si mesmos!

Despeço-me com aquela amizade.


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