Autárquicas 2021ReportagemSeixal 2021

«Os comunistas do Seixal estão gastos»

O Partido Socialista realizou esta noite, no auditório do Mercado de Fernão Ferro, a apresentação da candidatura de Eduardo Rodrigues à Câmara Municipal, bem como os elementos das listas à Assembleia Municipal, e às quatro juntas de freguesia do concelho: Cristina Santos (Junta de Freguesia de Amora); Gil Costa (Junta de Freguesia de Corroios); Rui Pereira (Junta de Freguesia de Fernão Ferro) e Bernardo Rodrigues (União de Freguesias de Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires).

O mandatário da candidatura é o Chef Vítor Sobral não pôde estar presente, mas enviou uma mensagem por vídeo, na qual referiu relembrou “o tempo em que estudei nas Cavaquinhas, e fiz parte de um jornal, o ‘Nova Maré’, de onde saiu muita gente válida e são essas mais-valias que têm de ser aproveitadas no concelho, mesmo quem já cá não reside”.

A críticas também foram dirigidas ao actual executivo. “O Seixal precisa de mudar, de evoluir, e por isso, se quem está não o consegue fazer, temos de procurar quem tem uma visão diferente e quer fazer melhor. Temos um concelho com uma baía como há poucas nessa Europa, sem muito aproveitamento. Por outro lado, quando se faz uma crítica, há que apresentar uma solução, não apenas colocar-se contra, como foi o caso do aeroporto no Montijo”.

Como Chef, Vítor Sobra não deixou de lado a gastronomia. “É preciso mexer sempre um tacho com cuidado, para que não transborde, mas também é necessário mudar e termos um cozinhado que se adeque ao Seixal.”

Seguiu-se a intervenção, também em vídeo, de Marco Teles Fernandes, presidente da Comissão Política do PS, que relembrou o trabalho do partido no Governo durante a crise da pandemia.

“Fizemos melhor para o país, e queremos fazer melhor na nossa terra, com um projecto que colocará o Seixal no topo, gerando emprego e riqueza e para que quem nos visite fique encantado com a nossa terra.”

«Actual executivo dá-se ao luxo de ser um obstáculo ao desenvolvimento»

Convidado na apresentação esteve António Mendonça Mendes, presidente da Federação Distrital do PS e secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, que recordou não ser “esta uma candidatura nova, porque em 2017 o Eduardo Rodrigues já se candidatou, numa altura muito difícil, e em que poucos acreditavam. Porém, pela primeira vez neste concelho, quem o governa deixou de o fazer em maioria absoluta, e o PS perdeu por apenas cerca de 3.000 votos. E por esse resultado extraordinário, é claro que é possível que haja uma alteração na força política da Câmara Municipal, quer pela qualidade das nossas listas, como também dos apoiantes que se juntaram ao nosso projecto.”

O dirigente distrital também abordou o tema do aeroporto no Montijo, criticando «a actual Câmara Municipal que não só não promove projectos, como também se dá ao luxo de ser um obstáculo aos projectos para a para a península, e o actual presidente tem a responsabilidade de esclarecer as populações sobre a obsticularização que fez ao aeroporto no Montijo.”

Para António Mendonça Mendes “não queremos apenas colocar mais uma bandeira do PS num concelho, mas sim colocar o concelho do Seixal com os níveis de desenvolvimento que as suas gentes merecem, e para isso precisamos de uma autarquia que olhe de forma diferente para a baia e para todo o potencial de desenvolvimento do concelho.”

«Vamos fazer aquilo que ainda não foi feito»

Samuel Cruz, ex-vereador do PS na Câmara Municipal, repete a candidatura à Assembleia Municipal, onde é actualmente líder de bancada do PS.

“É um orgulho olhar para esta equipa que foi construída ao longo dos anos e hoje é tão bem liderada por ti, Eduardo Rodrigues, e tenho a certeza que o teu empenho e persistência são a melhor garantia para a vitória.”

O candidato lembrou ainda dois momentos do poder local democrático no pós-25 de Abril, “e os desafios que se enfrentaram nas duas primeiras décadas deste século, mas chegámos a uma altura onde é necessário pensar globalmente para agir localmente.

Infelizmente esta não é a realidade no Seixal, que conta com uma dívida superior a cem milhões de euros, e onde o PS terá de regularizar o abastecimento de água, levar a rede de saneamento onde ainda não existe, trabalhar para asfaltar estradas, construir escolas e realojar os recenseados no PER e acabar com a Jamaika, o que devia estar feito em 1997.

Queremos ensino superior na nossa terra e como diz a canção, ‘vamos fazer aquilo que ainda não foi feito’, sem ser opositores do Governo, mas sendo um interlocutor para levar até este as necessidades da população, como o Hospital no Seixal, já inscrito no Plano de Recuperação e Resiliência.”

Também o assunto do aeroporto no Montijo foi aflorado, “porque se trata de uma necessidade para o país, e quanto mais perto do Seixal mais o concelho tem a ganhar.

O PS está preparado para assumir as suas responsabilidades e acreditamos que a descentralização de competências é positiva ao contrário dos nossos opositores.”

«Seixal é gerido por um partido que vive da fama»

Num discurso inflamado, Pedro Nuno Santos, dirigente nacional do PS e ministro das Infraestruturas e Habitação, considerou que “o nosso candidato é uma pessoa afável, simpática e disponível, características que distinguem os grandes políticos dos ‘assim-assim’. E o que distingue o Eduardo Rodrigues é essa característica, diferente da actual autarquia de postura arrogante, sem ambições e sem ideias.

Temos um concelho com potencialidades, a ser gerido por um partido que vive apenas da fama de saber gerir autarquias, e se limita a marcar passo. O PS não vive da fama, vive de resultados e é por isso que temos, finalmente, os municípios do distrito a dar oportunidade ao PS para governar, vamos concretizá-la nas próximas com o Seixal.”

Elencando alguns aspectos que “diferenciam uma Câmara Municipal do PS e uma Câmara Municipal da CDU, que não são a mesma coisa”, Pedro Nuno Santos realçou que “nas autarquias CDU usam o Governo para justificar o seu imobilismo e para se desculparem do que não fazem em prol das suas populações, ao contrário das autarquias PS que não ficam à espera dos Governos para tornar os seus territórios mais atractivos.

O PCP diz-se preocupado com o ‘povo’, mas o que vemos é precisamente o contrário.

Olhamos para o Seixal e não vemos quase nada em matéria de política de habitação ou turismo para a baía, durante anos. Não percebem que a proximidade à capital pode ser uma grande oportunidade.”

Também o dirigente socialista abordou o tema do aeroporto na BA6, com críticas ao ‘seguidismo político’.

“No Seixal a forma como a CDU vê o poder local é um presidente de Câmara Municipal que subjugou o interesse do povo às decisões do PCP nacional e dessa forma consciente prejudicaram o desenvolvimento de toda a península de Setúbal.

Um aeroporto não é um investimento qualquer, e é com grande tristeza que assistimos ao autarca da Moita e do Seixal a serem exemplos do bloqueio e do atraso à península de Setúbal, que tem um potencial singular, mas não tem autarcas à altura do seu território.”

«Há um desejo de mudança e de fugir ao jugo comunista»

Antes da intervenção do cabeça-de-lista, foi apresentado um vídeo com as «propostas estruturantes» do PS Seixal para o concelho e a terminar a apresentação Eduardo Rodrigues agradeceu a todos os presentes e os que seguiram a apresentação online, bem como à equipa que o acompanha “de mulheres e homens preparados, que vivem e gostam deste concelho, a

terra por que me apaixonei e que escolhi para morar há 35 anos, pelo que era e pelo que podia vir a ser, mas infelizmente pouco ou nada mudou.

Cresceu a construção desorganizada, forçada pela especulação gerada pelo PCP, e cresceu o desânimo e até o empobrecimento.”

As críticas dirigidas ao actual executivo não se fizeram esperar. “Os comunistas do Seixal estão gastos, não representam inovação, mas sim estagnação. Não são imagem de rigor, mas de compadrio, deixaram de ser sinónimo de serviço para ser de privilégio e falta-lhes imaginação para encontrar as soluções.

Há um desejo de mudança para fugir do jugo comunista de 47 anos, mas é também preciso corrigir erros de quase 50 anos do PCP na Câmara Municipal, tornando o Seixal mais dinâmico, moderno e desenvolvido. Não posso ficar indiferente à estagnação e para a combater, temos muitos projectos estruturantes.

A CDU nunca deu o passo em frente pelo bem-estar das populações, e por isso chegou a altura da mudança, e com uma visão diferenciadora da CDU vamos fazer do Seixal um concelho pleno de cultura, desporto, lazer, desenvolvimento e emprego, onde todos possam participar com verdadeiro orçamento participativo, com a aplicação dos dinheiros públicos naquilo que realmente faz falta a todos, e acabar com o imobilismo e a ditadura de quase 50 anos do PCP num concelho onde a cada dia há menos espaço para a manipulação política.”


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