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OPINIÃO – ‘Quem com ferros mata, com ferro morre’

Um artigo de opinião de Paulo Edson Cunha, ex-vereador eleito pelo PSD à Câmara Municipal do Seixal.

E o meu PSD continua pródigo em dar “tiros de bazuca” nos pés.

Estas presumo que não tenham sido roubadas de Tancos, mas têm um efeito de boomerang quase ao mesmo nível.

Como sabem, desde que saí de funções de Presidente da Comissão política do PSD Seixal primeiro, e de vereador eleito pelo PSD na Câmara Municipal do Seixal, depois, tenho estado calado. Digamos que não opino, apesar de ter uma opinião abalizada pela experiência dos cargos e pelo “lombo” vergastado com tantas e tantas que me fizeram.

Mas há um ditado popular que diz “nas costas dos outros vemos as nossas” e parece que o meu antecessor, que por acaso foi o meu sucessor (confusos?) no afã de me suceder, não percebeu que lhe podia acontecer o mesmo. Ou pior…

Parece que aconteceu pior e agora tenho o “meu” PSD a “lavar roupa suja” em público e a dinamitar o partido.

Ler, como eu li, que “O Partido Social Democrata (PSD) retirou por unanimidade a confiança política ao vereador eleito na Câmara Municipal do Seixal, … A comissão política da secção do PSD Seixal considera que as “posições políticas individualistas” do autarca têm “defraudado as expectativas dos eleitores” e não cumprem o programa com que o partido se comprometeu nas autárquicas de 2017.”

Leva-nos a questionar: Quem, depois disto, vai voltar a votar no PSD no Seixal? É que se o vereador fosse neófito, até se compreendia, mas estamos a falar de um vereador que é o vereador do PSD que esteve mais anos como eleito, nunca tendo mudado a sua postura. Coloco a seguinte questão: Se a actual Comissão Política do PSD do Seixal não sabia que o vereador que escolheram era assim, então estavam a dormir. Se o vereador não sabia as ideias da actual comissão política do PSD do Seixal eram assim, então andava distraído. Ou será que dava jeito a uns e a outros juntarem a água e o azeite, apenas para fazerem frente a um “inimigo comum” que ambos elegeram, tendo-se esquecido que afinal o “inimigo” era outro? Pois…

Eu sempre disse, elegeram o alvo errado, quando o alvo até nem queria continuar, portanto, bastava terem conversado. Mas não.

Resultado: O PSD perde o seu único vereador. Quem votou PSD, pode não se sentir representado pelo actual vereador, ou pode não aceitar a posição local do seu partido.

Dividir é sempre uma operação aritmética má quando se fala nestas coisas.

E a Comissão Política Distrital a quem cabe a coordenação autárquica no Distrito? Irá tomar posição?

E outra nota: pelo que sei, a decisão tomada pela comissão política pode ser nula, pois o vereador que tinha assento estatutariamente previsto, não foi devidamente notificado.

Por outro lado pergunto: Houve uma Assembleia de Secção dos militantes do PSD Seixal a votar esta decisão? É que se houve, eu que (ainda) sou militante inscrito no PSD não fui convocado.

Termino parafraseando o texto da CPS Seixal, mas adaptando:

“A sua atuação (quer da comissão política, quer do vereador)l não cumpre a função primordial dos seus mandatos políticos que é a representação do partido que o elegeu, seguindo posições políticas individualistas, não respeitando o programa apresentado pelo PSD nas autárquicas de 2017, defraudando as expectativas que os eleitores depositaram em nós”. Eles escreveram isso. Eu confirmo, mas aplica-se também a quem o escreveu.

Como eu bem disse, quer quando saí de um cargo, quer quando saí do outro: ‘Atrás de mim virá quem bom me fará’.


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