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Operação internacional desmantela grupo que ‘sequestrou’ sites institucionais

A Polícia Judiciária informa que, através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), participou na operação levada a cabo contra o grupo de ransomware HIVE, tendo culminado hoje com o desmantelamento das operações deste grupo criminoso.

«O grupo responsável pelo ransomware HIVE era um dos grupos cibercriminosos mais relevantes a nível mundial, sendo suspeito de ter atacado entidades portuguesas tão distintas como unidades hospitalares, empresas de análises laboratoriais, municípios, companhias de transporte/aviação, unidades hoteleiras, empresas tecnológicas, entre outras.»

Conforme o comunicado da Polícia Judiciária, «este grupo usava o método da dupla extorsão: antes de cifrar os dados, o grupo exfiltrava dados sensíveis da rede da vítima e após a respectiva cifragem, exigiam um resgate para que os dados fossem desencriptados e a informação exfiltrada não fosse publicada no sítio do grupo HIVE, alojado na Dark Web».

As investigações, que duraram vários meses, foram levadas a cabo por diversos parceiros internacionais, tendo a PJ/UNC3T acolhido uma das sessões de trabalho operacional que durou uma semana, a qual contou com mais de 30 polícias oriundos dos 13 países (Alemanha, Canadá, Espanha, Estados Unidos da América, França, Irlanda, Lituânia, Países Baixos, Noruega, Portugal, Reino Unido, Roménia e Suécia) envolvidos na operação.

Foi através da cooperação entre os parceiros internacionais que foi possível identificar a infraestrutura tecnológica usada pelos membros deste grupo criminoso, bem como as chaves privadas usadas pelos mesmos para cifrar os dados das vítimas.

«Como resultado da operação de hoje, o grupo criminoso ficou privado dos meios para lançar ciberataques, muitas vezes capazes de paralisar totalmente as operações da vítima afetada e que causavam graves prejuízos económicos e de imagem às instituições visadas.

A partilha atempada das chaves privadas de cada uma das vítimas, permitiu auxiliar a desencriptar os dados de mais de 1500 vítimas do grupo HIVE a nível mundial, sem que para tal tivessem de efetuar o pagamento do resgate aos criminosos.»

Com esta ação, estima-se que cerca de 120 milhões de euros não tenham sido pagos em resgates.

Algumas das vítimas que receberam ajuda das autoridades estavam sedeadas em Portugal. A Polícia Judiciária alerta para a enorme importância para a investigação criminal que tem a atempada comunicação das ocorrências desta tipologia à Unidade especializada da Polícia Judiciária.


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