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Operação ‘Areia Branca’ apreendeu 1.102 kg de cocaína em pesqueiro brasileiro

Uma acção conjunta levada a cabo pela Polícia Judiciaria, com a colaboração da Marinha Portuguesa e da Força Aérea, permitiu interceptar ao largo de São Tomé, um pesqueiro de origem brasileira com sete tripulantes, com uma carga de mais de uma tonelada de cocaína.

O produto estupefaciente e o pesqueiro foram esta tarde visitados pela ministra da Justiça e pelo ministro da Defesa, no cais 5 da Base Naval de Lisboa, no Alfeite, que cumprimentaram também os elementos da guarnição do NRP Setúbal, que teve com esta a sua primeira missão internacional.

A apreensão teve lugar no dia 22 de Maio por elementos da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária, com a colaboração da Marinha e da Força Aérea, em pleno Oceano Atlântico, a 4000 km de Portugal, tendo ontem aportado a embarcação na Base Naval.

“Este momento, além de ser explicativo da operação, é também um reconhecimento às Forças Armadas portuguesas, a Marinha e a Força Aérea, que colocaram o seu conhecimento e meios ao serviço do combate ao tráfico internacional nesta operação conjunta” explicou Luís Neves, director da Polícia Judiciária.

A investigação em curso, que tem o apoio do MAOC-N, da Drugs Enforcement Administration dos Estados Unidos e da National Crime Agency do Reino Unido, iniciou-se na sequência de troca de informações com a Polícia Federal do Brasil “e resultou da colaboração entre os dois países no âmbito de um programa europeu contra o tráfico e de segurança”, frisou Luís Neves.

“Foi uma operação demorada, difícil e muito exigente para os nossos meios, mas cuja resposta não podia ter sido melhor e que desta forma demonstrou também internacionalmente que Portugal tem meios para combater o tráfico internacional. Esta é uma questão de segurança muito importante porque através do combate ao tráfico, combate-se também o branqueamento de capitais, os crimes violentos e até o terrorismo” frisou Luís Neves.

Para o vice-almirante Gouveia e Melo “tratou-se de uma cooperação intersectorial com as forças de segurança do Estado para garantir a segurança de todos”, explicando depois que a Marinha respondeu ao pedido da Polícia Judiciária.

Interrogado se a operação tinha decorrido sem violência, Gouveia e Melo esclareceu que “estava tudo preparado precisamente para evitar violência desnecessária, e a tripulação da embarcação não opôs resistência”.

Coube também à Marinha o acompanhamento da embarcação até Portugal, o que levou vários dias devido às avarias sucessivas e à falta de condições de navegabilidade da embarcação em pleno oceano. Da parte da tripulação, detida a bordo, apenas duas pessoas tiveram de receber assistência médica por diabetes e tensão alta.

Os sete arguidos estão hoje a ser presentes a tribunal para conhecerem as medidas de coação.

‘Missão arriscada’

A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem destacou a importância desta cooperação entre as autoridades portuguesas “que coloca Portugal num patamar elevado do combate ao crime internacional perante os outros países, mas também para os prevaricadores. É possível dizer que esta foi uma das missões mais arriscadas, mas foi dada também a imagem da capacidade de ir onde for preciso para garantir a segurança, articulando competências e somando capacidades.”

Também o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, destacou a importância do trabalho em parceria das autoridades “um trabalho que já vem de longos anos e que sempre conseguiu dar resposta às diferentes solicitações” e a importância desta no combate ao crime organizado internacional


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